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Passamos a noite muito bem no YPF Full de Andalgalá. O posto funciona 24 horas para abastecimento, e a lanchonete fecha à meia-noite.
Tomamos banho no banheiro do local, que estava impecavelmente limpo, por 5 reais por pessoa. A única questão foi a falta de água quente, já que a resistência queimou — segundo nos informou o frentista.
O lugar é novo e tem uma lanchonete muito agradável. Melhor que ficar em camping.
Inicialmente, pediram para estacionarmos do outro lado da rua, mas, por volta das 22h, o Mo conversou com o atendente da lanchonete, que nos permitiu estacionar atrás do posto — um local reservado, longe de curiosos. Nos sentimos muito seguros.
Tomamos o café da manhã no YPF e seguimos para o roteiro do dia: percorrer estradas de rípio.
YPF Full de Andalgalá |
Começamos com um pequeno trecho da Cuesta de La Chilca, uma parte sinuosa da Ruta Provincial 48, com cerca de 15 km de extensão, que liga Andalgalá ao Vale de Aconquija. Essa estrada foi esculpida manualmente por picapedreiros no início do século XX e sobe de 1.200 para 1.890 metros acima do nível do mar, proporcionando vistas deslumbrantes com um cenário árido e montanhoso.
Percorremos cerca de 5 km dessa estrada e retornamos. Ela é muito estreita, tornando-se um desafio quando dois carros se cruzam.
De lá, seguimos para a Cuesta de Capillitas, a estrada de encosta mais longa da América do Sul, com quase 60 km de extensão e centenas de curvas sinuosas, chegando a mais de 3.100 metros de altitude.
Ao final da estrada, fica Minas Capillitas, conhecida pela extração da rodocrosita, a pedra nacional da Argentina, também chamada de “Rosa do Inca”. A região é um destino turístico famoso, percorrido por motoristas, motociclistas e ciclistas.
Seguimos pela cuesta, assustadora e encantadora ao mesmo tempo, com rípio em boas condições, por duas horas até desviarmos para o Hoteria Refúgio del Minero. A estrada nesse trecho estava em péssimo estado, cheia de erosões e mal conservada. Fiquei com muito medo.
Nos últimos 700 metros, o caminho ficou extremamente íngreme. Com a Camper pesando atrás, não quisemos arriscar. O Mô insistiu, mas não deu.
Voltamos para a estrada principal e seguimos pela encosta. Poucos minutos depois, paramos em um mirante para almoçar: um lanche de presunto e queijo e salada de tomates com grão de bico...
Cuesta de Capillitas |
Cuesta de Capillitas |
Ali perto, depois de andar poucos metros, encontramos as Águas de Cobre, um rio de coloração azul-turquesa, que corta a paisagem árida de Catamarca. A tonalidade intensa da água se deve à alta concentração de minerais como cobre e ferro, que criam um contraste impressionante com a terra avermelhada ao redor. Uma visão incrível!
Seguimos por mais duas horas no rípio e depois pegamos 80 km da Ruta 40 até Hualfín. Chegamos perto das 20h e abastecemos no posto YPF. Quando perguntamos sobre a possibilidade de dormir lá, não foram muito receptivos.
Decidimos então ir até a Hosteria Municipal Juan Chelín. Depois de um dia super cansativo, com muitos quilômetros de rípio, achamos uma ótima ideia passar a noite em um hotel.
O lugar é bem simples, com diárias de 150,00, sem café.
Jantamos no restaurante do hotel, uma carne com salada, e agora vamos descansar.
Amanhã tem mais rípio!
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