Esta viagem saiu no susto. Os nossos amigos Fábio e Márcia haviam feito o convite, mas a Rê não poderia se ausentar do trabalho naqueles dias. Além disso, havia outro ingrediente: para chegarmos ao nosso destino teríamos que enfrentar cerca de 50 km de terra e essa ideia não nos agradava (desagradava principalmente a Rê).
Assisti alguns vídeos sobre o estado da estrada que liga a cidade de Bom Jardim da Serra-SC à Pousada Fazenda Monte Negro, em São José dos Ausentes-RS e não me pareceu um bom caminho.
Por todos esses motivos estávamos planejando um feriado com uma viagem mais curta, sem terra e sem nossos amigos.
A saída do casal Rieser estava programada para quinta-feira dia 26 de março de 2015 e no domingo anterior a Rê acorda e diz: liga pro Fábio e fala que a gente vai!!! Eu não entendi nada. Pensei... Será que asfaltaram aqueles 50 km e não me avisaram?!?! rsrsrsrs. Vai entender mulher...Eu já desisti!!!
Lembrando do stress que a Rê fica toda vez que temos que enfrentar trechos de terra, me veio uma ideia que no final fez toda diferença: procurar um transporte de quatro rodas que a levasse até a pousada. Os três dias seguintes foram uma maratona para deixar tudo certo no trabalho, reservar hotéis e contratar o “translado do corpo” rsrsrsrs... Por fim, no dia e hora marcados (com 15 minutos de atraso) encontramos o Fábio e a Márcia na porta da casa deles e iniciamos nossa jornada. Vamos a ela...
DIA 1 - São Paulo/SP - Itapema/SC
Saímos cedinho de casa e às 7:15 h já estávamos em Taboão da Serra, a beira da BR-116. Nosso destino era Itapema, no litoral catarinense, pertinho do Balneário Camboriú.
Encontramos nossos amigos, batemos um papo rápido e pé-na-estrada. Nosso objetivo era chegar a tempo de dar um mergulho no mar.
A viagem transcorreu muito bem. Passamos ilesos pela Serra do Cafezal (não sem uma diminuída básica na velocidade) e seguimos até Registro onde paramos para abastecer e tomar um café no Graal. Perto de Curitiba paramos novamente para almoçar e depois seguimos rumo a BR-101.
O tempo estava ótimo e às 15:30 h estacionamos as motocas no Sólis Praia Hotel, em Itapema. A localização do hotel era excelente, a 50 metros da praia. Foi o tempo de vestir a sunga e tchibum !!!!! Deu para curtir o mar, caminhar na praia e também dar um mergulho na piscina do hotel. A noite jantamos muito bem no Restaurante Praiamar e depois... Cama.
O dia seguinte nos reservaria uma experiência inédita...
DIA 2 – Itapema/SC - São José dos Ausentes/RS
Ao acordar observamos o céu de nossa janela. A visão não foi das melhores. Não havia chuva, mas mesmo assim o tempo não parecia muito animador. Tomamos café e decidimos partir sem as capas de chuva.
Fizemos uma parada para abastecer e depois de percorrer uns 40 km, não teve jeito, a chuva nos pegou. Encontramos um lugar seguro para encostar as motos, colocar as capas e depois seguir viagem. Rodávamos pela BR-101 e um pouco antes da cidade de Tubarão saímos à direita, seguindo as placas da Serra do Rio do Rastro (a atração do dia). No caminho cruzamos pequenas cidades e suas casinhas de madeira humildes e ajeitadas.
Quando chegamos a Serra do Rio do Rastro a visibilidade era quase zero. O Fábio e a Márcia percorriam novamente este caminho sem conseguir ver nada. Vão ter que agendar uma terceira visita!!! (tivemos mais sorte quando passamos por lá em 2011).
O mirante da serra era só neblina e chuviscos. Aproveitei a parada para ligar para o taxista Ederson e combinar como nos encontraríamos.
Depois de tudo acertado fomos almoçar em Bom Jardim da Serra. O restaurante escolhido foi a Churrascaria Tropeiro. Muito bom e com uma linda vista. A essa altura não chovia mais, mas o estrago no nosso caminho já estava feito. Depois do almoço, perto das 15 h, encontramos com a sogra do taxista Ederson. Era ela quem levaria a Rê até a Pousada. (Telefone 54-38831032 (padaria) e 54-99535657. O valor cobrado foi de R$140,00 e ele pede para ligar com duas horas de antecedência).
A Márcia teve a última oportunidade de pegar uma carona. Adivinha o que ela escolheu?!?!
Esvaziei os três baús da moto colocando as mochilas no carro e com isso fiquei bem mais leve. Passamos no posto da cidade para baixar a calibragem dos pneus e fomos enfrentar a terra, ou melhor, a lama. Próximo das 4 h da tarde entramos na tão esperada estrada que começou asfaltada, passou a “pedregulhada” e terminou “enlameada”.
Foi bem difícil controlar a moto naquela situação. Íamos muuuito devagar e a bichinha dançava pra todo lado. Nem os pilotos, nem os pneus eram adequados àquelas circunstâncias (os pilotos acostumados com o asfalto e as motos... Feitos pra ele). Logo no início do percurso o Fábio comprou um terreninho. Nada grave, pois estava super devagar, mas nem por isso conseguiu se livrar da chateação de ver sua motoca beijando a lama.
Enquanto isso eu seguia um pouco mais confiante. A ausência da Rê e das malas fizeram muita diferença. Se sozinho as chances de um tombo eram grandes... Imagine com todas as malas! rsrsrsrsrsrs. Passamos por subidas, descidas, pontes e em alguns trechos onde a Márcia tinha que seguir a pé para facilitar a vida do Fábio.
Foi numa dessas caminhadas que ocorreu algo inusitado. Enquanto esperávamos a Márcia nos alcançar, após um trecho complicado do caminho, encontramos dois moradores da região e perguntamos sobre as condições da estrada dali pra frente. A resposta foi que teríamos ainda uns 5 km de trecho bem ruim, com subidas e descidas escorregadias. Na mesma hora um deles ofereceu carona pra Márcia.
Após o aval do Fábio a Márcia topou. Subiu na garupa da motinho 125 (detonada e sem pedaleira para a garupa) e lá foram eles rasgando lamaçal abaixo. O cara simplesmente sumiu na nossa frente com aquela CG de pneu careca. Fomos humilhados rsrsrs. Seguimos sozinhos, eu e o Fábio, com muita dificuldade.
Depois de uns quinze minutos meu parceiro grita: Pô... Cadê minha mulher? Mais uns minutos e encontramos o dono da CG parado, em pé, ao lado da moto, mas sem a garupa. Perguntei: Cadê ela? Ele havia deixado a Márcia uns 500 metros adiante, já tinha voltado e estava nos esperando como quem diz...Vocês são ruins hein!!!! Agradecemos a carona, reencontramos a Márcia e seguimos viagem por um trecho bem melhor onde conseguimos desenvolver sensacional velocidade de 40/50 km/h.
Depois de quase 3 horas debaixo de chuva forte e muita neblina chegamos a Pousada Fazenda Monte Negro. A Rê nos esperava muito brava e foi logo dizendo: Vocês são irresponsáveis! Essa estrada era muito perigosa! Deviam ter caído para amargar um prejuízo financeiro na moto! E blá blá blá... Depois da bronca nos instalamos nos quartos e tomamos nosso merecido banho. No jantar, com a Rê mais calma, relembramos e rimos da nossa pequena aventura.
DIA 3 – São José dos Ausentes-RS
O chalé era bastante confortável e a cama deliciosa. Juntando a isso o cansaço do dia anterior, tivemos uma ótima noite de sono. Acordamos dispostos a fazer valer a pena o esforço de chegarmos até ali. Estávamos numa pousada, com pouco mais de 15 anos de existência, situada dentro da fazenda da família do Sr. Domingos Pereira.
O lugar é lindíssimo e realmente privilegiado. Natureza pura. Após o café da manhã, eu e a Rê fomos atrás de mais um desafio: andar a cavalo. Embora não fôssemos muito fãs, estávamos quebrando paradigmas (como disse nosso amigo Fábio). Foi muito legal. Juntamente com outros 15 hóspedes, guiados por um dos filhos do Sr. Domingos e seu neto, fizemos um lindo passeio até o Canyon Monte Negro, passando pelo pico de mesmo nome. Este é ponto mais alto do estado do Rio Grande do Sul.
Chegamos ao cânion com o céu encoberto. Prendemos os cavalos e ao nos aproximar as nuvens foram se dissipando e pudemos contemplar a linda vista. Disseram que é difícil ver o canyon sem nuvens. Em um minuto você vê tudo e no minuto seguinte ele desaparece completamente. Tivemos sorte.
Voltamos para a pousada, contemplando a natureza, quando já era hora de almoçar. Comida boa, com direito a uma pinguinha e bate papo com os outros hóspedes. Descobrimos que havia uma equipe da Globo almoçando por lá. Disseram que estavam terminando uma pesquisa sobre a viabilidade de fazer a próxima novela das 6 utilizando o cenário da região. Parece que a ideia seria aprovada. É esperar para conferir.
No cair da tarde choveu sem parar. Aproveitamos e ficamos no chalé só queimando a lenha (da lareira)!
DIA 4 – São José dos Ausentes/RS
Logo após o café fizemos mais um passeio a cavalo pela redondeza. O cenário era o mesmo do dia anterior, mas dessa vez estávamos apenas nós quatro com o guia Alexandre.
Ele nos levou para conhecer um paredão de pedra, muito extenso, construído por escravos há cerca de 300 anos, e que serve até hoje como divisa das terras (a fazenda Monte Negro está na quarta geração).
Boa parte desse passeio foi feito debaixo de uma neblina e de um friozinho agradável. À tarde, após o almoço, fomos de 4x4 até o Cachoeirão dos Rodrigues que fica dentro de uma propriedade articular.
O curioso dessa cachoeira, abundante em água, é o seu entorno. Geralmente nos deparamos com cachoeiras meio escondidas entre montanhas e essa não. Está no meio de um campo aberto e é lindíssima.
5º DIA – São José dos Ausentes/RS - Palhoça/SC
Torcemos para a chuva nos esquecer. A estrada seca facilitaria nossa viagem de volta ao asfalto. Mas não teve jeito. A madrugada foi chuvosa e acabamos decidindo que não voltaríamos pelo mesmo caminho. Seguiríamos por São José dos Ausentes, aparentemente uma estrada melhor, mais larga e com menos lama.
O problema é que nosso destino era o norte, mas tivemos que ir primeiro um pouco mais para o sul. Por conta disso perdemos o passeio que planejávamos fazer em Urubici e região. Ficou para a próxima.
Antes de deixar a fazenda nos despedimos da família Pereira, hospitaleira e gentil. As esposas na cozinha, os maridos como garçons e guias e todos fazendo um pouco de tudo no dia-a-dia da pousada. Foi uma experiência muito legal.
Enfrentamos mais 40 km de terra, mas desta vez sem a Márcia que foi de táxi com a Rê. O mesmo carro veio buscá-las e deixo a dica pra quem precisar do serviço: Ederson fone 54-3883-1032 ou celular 54-9953-5657. O caminho escolhido para a volta foi mais tranquilo, mesmo assim levamos duas horas para percorrê-lo, tomando muita cautela para não comprar nenhum terreninho. E deu tudo certo.
Nossas queridas esposas nos aguardavam na conveniência do posto de São José dos Ausentes. Lá recalibramos os pneus e seguimos sentido Vacaria e depois pegamos a BR-116 rumo a Lages, onde almoçamos.
Depois do almoço seguimos até Palhoça pela interessante e prazerosa BR 282. Totalizamos 460 km de viagem no dia. Chegamos ao Hotel Slaviero Executive Viacatarina a tempo de dar uma descansada antes de irmos jantar no shopping que ficava ao lado. Excelente opção de hospedagem, próximo da BR 101, evitando perda de tempo dentro da cidade.
6º DIA – Palhoça-SC a São Paulo-SP
Os 700 km de volta pra casa foram tranquilos e sem contratempos. A experiência de viajar de quinta a segunda fugindo do final de semana para sair ou entrar em São Paulo foi interessante e méritos ao Fábio por isso. Mais uma viagem ao lado dos nossos amigos e conhecendo mais um lugar que valeu muito a pena. Tudo de bom !!!!!
Bjs e até a próxima.
Assisti alguns vídeos sobre o estado da estrada que liga a cidade de Bom Jardim da Serra-SC à Pousada Fazenda Monte Negro, em São José dos Ausentes-RS e não me pareceu um bom caminho.
Por todos esses motivos estávamos planejando um feriado com uma viagem mais curta, sem terra e sem nossos amigos.
A saída do casal Rieser estava programada para quinta-feira dia 26 de março de 2015 e no domingo anterior a Rê acorda e diz: liga pro Fábio e fala que a gente vai!!! Eu não entendi nada. Pensei... Será que asfaltaram aqueles 50 km e não me avisaram?!?! rsrsrsrs. Vai entender mulher...Eu já desisti!!!
Lembrando do stress que a Rê fica toda vez que temos que enfrentar trechos de terra, me veio uma ideia que no final fez toda diferença: procurar um transporte de quatro rodas que a levasse até a pousada. Os três dias seguintes foram uma maratona para deixar tudo certo no trabalho, reservar hotéis e contratar o “translado do corpo” rsrsrsrs... Por fim, no dia e hora marcados (com 15 minutos de atraso) encontramos o Fábio e a Márcia na porta da casa deles e iniciamos nossa jornada. Vamos a ela...
DIA 1 - São Paulo/SP - Itapema/SC
Saímos cedinho de casa e às 7:15 h já estávamos em Taboão da Serra, a beira da BR-116. Nosso destino era Itapema, no litoral catarinense, pertinho do Balneário Camboriú.
Encontramos nossos amigos, batemos um papo rápido e pé-na-estrada. Nosso objetivo era chegar a tempo de dar um mergulho no mar.
A viagem transcorreu muito bem. Passamos ilesos pela Serra do Cafezal (não sem uma diminuída básica na velocidade) e seguimos até Registro onde paramos para abastecer e tomar um café no Graal. Perto de Curitiba paramos novamente para almoçar e depois seguimos rumo a BR-101.
O tempo estava ótimo e às 15:30 h estacionamos as motocas no Sólis Praia Hotel, em Itapema. A localização do hotel era excelente, a 50 metros da praia. Foi o tempo de vestir a sunga e tchibum !!!!! Deu para curtir o mar, caminhar na praia e também dar um mergulho na piscina do hotel. A noite jantamos muito bem no Restaurante Praiamar e depois... Cama.
O dia seguinte nos reservaria uma experiência inédita...
Praia de Itapema |
DIA 2 – Itapema/SC - São José dos Ausentes/RS
Ao acordar observamos o céu de nossa janela. A visão não foi das melhores. Não havia chuva, mas mesmo assim o tempo não parecia muito animador. Tomamos café e decidimos partir sem as capas de chuva.
Fizemos uma parada para abastecer e depois de percorrer uns 40 km, não teve jeito, a chuva nos pegou. Encontramos um lugar seguro para encostar as motos, colocar as capas e depois seguir viagem. Rodávamos pela BR-101 e um pouco antes da cidade de Tubarão saímos à direita, seguindo as placas da Serra do Rio do Rastro (a atração do dia). No caminho cruzamos pequenas cidades e suas casinhas de madeira humildes e ajeitadas.
Quando chegamos a Serra do Rio do Rastro a visibilidade era quase zero. O Fábio e a Márcia percorriam novamente este caminho sem conseguir ver nada. Vão ter que agendar uma terceira visita!!! (tivemos mais sorte quando passamos por lá em 2011).
O mirante da serra era só neblina e chuviscos. Aproveitei a parada para ligar para o taxista Ederson e combinar como nos encontraríamos.
Depois de tudo acertado fomos almoçar em Bom Jardim da Serra. O restaurante escolhido foi a Churrascaria Tropeiro. Muito bom e com uma linda vista. A essa altura não chovia mais, mas o estrago no nosso caminho já estava feito. Depois do almoço, perto das 15 h, encontramos com a sogra do taxista Ederson. Era ela quem levaria a Rê até a Pousada. (Telefone 54-38831032 (padaria) e 54-99535657. O valor cobrado foi de R$140,00 e ele pede para ligar com duas horas de antecedência).
A Márcia teve a última oportunidade de pegar uma carona. Adivinha o que ela escolheu?!?!
Esvaziei os três baús da moto colocando as mochilas no carro e com isso fiquei bem mais leve. Passamos no posto da cidade para baixar a calibragem dos pneus e fomos enfrentar a terra, ou melhor, a lama. Próximo das 4 h da tarde entramos na tão esperada estrada que começou asfaltada, passou a “pedregulhada” e terminou “enlameada”.
Foi bem difícil controlar a moto naquela situação. Íamos muuuito devagar e a bichinha dançava pra todo lado. Nem os pilotos, nem os pneus eram adequados àquelas circunstâncias (os pilotos acostumados com o asfalto e as motos... Feitos pra ele). Logo no início do percurso o Fábio comprou um terreninho. Nada grave, pois estava super devagar, mas nem por isso conseguiu se livrar da chateação de ver sua motoca beijando a lama.
Enquanto isso eu seguia um pouco mais confiante. A ausência da Rê e das malas fizeram muita diferença. Se sozinho as chances de um tombo eram grandes... Imagine com todas as malas! rsrsrsrsrsrs. Passamos por subidas, descidas, pontes e em alguns trechos onde a Márcia tinha que seguir a pé para facilitar a vida do Fábio.
Foi numa dessas caminhadas que ocorreu algo inusitado. Enquanto esperávamos a Márcia nos alcançar, após um trecho complicado do caminho, encontramos dois moradores da região e perguntamos sobre as condições da estrada dali pra frente. A resposta foi que teríamos ainda uns 5 km de trecho bem ruim, com subidas e descidas escorregadias. Na mesma hora um deles ofereceu carona pra Márcia.
Após o aval do Fábio a Márcia topou. Subiu na garupa da motinho 125 (detonada e sem pedaleira para a garupa) e lá foram eles rasgando lamaçal abaixo. O cara simplesmente sumiu na nossa frente com aquela CG de pneu careca. Fomos humilhados rsrsrs. Seguimos sozinhos, eu e o Fábio, com muita dificuldade.
Depois de uns quinze minutos meu parceiro grita: Pô... Cadê minha mulher? Mais uns minutos e encontramos o dono da CG parado, em pé, ao lado da moto, mas sem a garupa. Perguntei: Cadê ela? Ele havia deixado a Márcia uns 500 metros adiante, já tinha voltado e estava nos esperando como quem diz...Vocês são ruins hein!!!! Agradecemos a carona, reencontramos a Márcia e seguimos viagem por um trecho bem melhor onde conseguimos desenvolver sensacional velocidade de 40/50 km/h.
Depois de quase 3 horas debaixo de chuva forte e muita neblina chegamos a Pousada Fazenda Monte Negro. A Rê nos esperava muito brava e foi logo dizendo: Vocês são irresponsáveis! Essa estrada era muito perigosa! Deviam ter caído para amargar um prejuízo financeiro na moto! E blá blá blá... Depois da bronca nos instalamos nos quartos e tomamos nosso merecido banho. No jantar, com a Rê mais calma, relembramos e rimos da nossa pequena aventura.
Neblina na Pousada Monte Negro |
O chalé era bastante confortável e a cama deliciosa. Juntando a isso o cansaço do dia anterior, tivemos uma ótima noite de sono. Acordamos dispostos a fazer valer a pena o esforço de chegarmos até ali. Estávamos numa pousada, com pouco mais de 15 anos de existência, situada dentro da fazenda da família do Sr. Domingos Pereira.
O lugar é lindíssimo e realmente privilegiado. Natureza pura. Após o café da manhã, eu e a Rê fomos atrás de mais um desafio: andar a cavalo. Embora não fôssemos muito fãs, estávamos quebrando paradigmas (como disse nosso amigo Fábio). Foi muito legal. Juntamente com outros 15 hóspedes, guiados por um dos filhos do Sr. Domingos e seu neto, fizemos um lindo passeio até o Canyon Monte Negro, passando pelo pico de mesmo nome. Este é ponto mais alto do estado do Rio Grande do Sul.
Chegamos ao cânion com o céu encoberto. Prendemos os cavalos e ao nos aproximar as nuvens foram se dissipando e pudemos contemplar a linda vista. Disseram que é difícil ver o canyon sem nuvens. Em um minuto você vê tudo e no minuto seguinte ele desaparece completamente. Tivemos sorte.
Voltamos para a pousada, contemplando a natureza, quando já era hora de almoçar. Comida boa, com direito a uma pinguinha e bate papo com os outros hóspedes. Descobrimos que havia uma equipe da Globo almoçando por lá. Disseram que estavam terminando uma pesquisa sobre a viabilidade de fazer a próxima novela das 6 utilizando o cenário da região. Parece que a ideia seria aprovada. É esperar para conferir.
No cair da tarde choveu sem parar. Aproveitamos e ficamos no chalé só queimando a lenha (da lareira)!
Nosso chalé |
Turma da cavalgada |
Canyon |
Esperando pelo almoço |
DIA 4 – São José dos Ausentes/RS
Logo após o café fizemos mais um passeio a cavalo pela redondeza. O cenário era o mesmo do dia anterior, mas dessa vez estávamos apenas nós quatro com o guia Alexandre.
Ele nos levou para conhecer um paredão de pedra, muito extenso, construído por escravos há cerca de 300 anos, e que serve até hoje como divisa das terras (a fazenda Monte Negro está na quarta geração).
Boa parte desse passeio foi feito debaixo de uma neblina e de um friozinho agradável. À tarde, após o almoço, fomos de 4x4 até o Cachoeirão dos Rodrigues que fica dentro de uma propriedade articular.
O curioso dessa cachoeira, abundante em água, é o seu entorno. Geralmente nos deparamos com cachoeiras meio escondidas entre montanhas e essa não. Está no meio de um campo aberto e é lindíssima.
Escrevendo o blog e estudando a viagem de volta |
5º DIA – São José dos Ausentes/RS - Palhoça/SC
Torcemos para a chuva nos esquecer. A estrada seca facilitaria nossa viagem de volta ao asfalto. Mas não teve jeito. A madrugada foi chuvosa e acabamos decidindo que não voltaríamos pelo mesmo caminho. Seguiríamos por São José dos Ausentes, aparentemente uma estrada melhor, mais larga e com menos lama.
O problema é que nosso destino era o norte, mas tivemos que ir primeiro um pouco mais para o sul. Por conta disso perdemos o passeio que planejávamos fazer em Urubici e região. Ficou para a próxima.
Antes de deixar a fazenda nos despedimos da família Pereira, hospitaleira e gentil. As esposas na cozinha, os maridos como garçons e guias e todos fazendo um pouco de tudo no dia-a-dia da pousada. Foi uma experiência muito legal.
Enfrentamos mais 40 km de terra, mas desta vez sem a Márcia que foi de táxi com a Rê. O mesmo carro veio buscá-las e deixo a dica pra quem precisar do serviço: Ederson fone 54-3883-1032 ou celular 54-9953-5657. O caminho escolhido para a volta foi mais tranquilo, mesmo assim levamos duas horas para percorrê-lo, tomando muita cautela para não comprar nenhum terreninho. E deu tudo certo.
Nossas queridas esposas nos aguardavam na conveniência do posto de São José dos Ausentes. Lá recalibramos os pneus e seguimos sentido Vacaria e depois pegamos a BR-116 rumo a Lages, onde almoçamos.
Depois do almoço seguimos até Palhoça pela interessante e prazerosa BR 282. Totalizamos 460 km de viagem no dia. Chegamos ao Hotel Slaviero Executive Viacatarina a tempo de dar uma descansada antes de irmos jantar no shopping que ficava ao lado. Excelente opção de hospedagem, próximo da BR 101, evitando perda de tempo dentro da cidade.
Vista do hotel |
Os 700 km de volta pra casa foram tranquilos e sem contratempos. A experiência de viajar de quinta a segunda fugindo do final de semana para sair ou entrar em São Paulo foi interessante e méritos ao Fábio por isso. Mais uma viagem ao lado dos nossos amigos e conhecendo mais um lugar que valeu muito a pena. Tudo de bom !!!!!
Bjs e até a próxima.