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A noite foi muito boa e quentinha.
O colchão inflável com o saco de dormir deixaram a cama fofinha, muito mais confortável que na barraca. Não passamos frio. Não passamos calor. Também não sentimos que o lugar estava claustrofóbico. Deixamos uma fresta aberta nos vidros dianteiros, de onde vinha um ventinho agradável. Para a ocasião, a experiência foi aprovadíssima.
Na madrugada, fomos juntos ao banheiro, utilizando a lanterna do celular. Mesmo nessa hora o clima estava agradável.
Alguns motivos nos levaram a testar esse formato. Cancelamos as reservas do hotel que havíamos feito com antecedência, pois antecipamos a chegada ao parque. Os preços dos hotéis simples, estavam muito altos, cerca de $150 dólares, para ficar a pelo menos uma hora de distância das atrações. No parque, as opções de hotel eram ainda mais caras.
O parque disponibiliza campings públicos e privados. Nos campings públicos não cobram qualquer taxa, mas também não há estrutura alguma. Muitos motorhome ficam por lá. Os campings privados possuem banheiro com chuveiro quente, uma área para refeição e espaços adequados para barraca ou trailer. Cobram uma diária de 14 mil ou 15 mil pesos por pessoa.
Escolhemos o camping pago, mais confortável. Poderíamos ter montado nossa barraca, mas a preguiça falou mais alto. No lugar daquela parafernália toda, inflamos nosso colchão e rapidamente a cama estava pronta. De quebra ganhamos tempo para conhecer o lugar, que é gigantesco.
Acordamos às 8 da manhã, arrumamos a “nossa casa” e deixamos o camping para percorrer as atrações de carro. O percurso todo é feito no rípio. Não há asfalto dentro do parque. O dia prometia. Estava lindo e com temperatura em torno de 15 graus.
Passamos pela Laguna Larga, mirador Nordeskjld, mirador Cuernos, Salto Grande e fizemos uma parada para almoçar na Hosteria Pehoé. A comida era mais ou menos, mas a vista era espetacular. Pedimos um único menu completo a 30 mil pesos. Bem caro para o que se apresentou, mas deu para usar a internet. Isso foi bom.
De lá seguimos nosso percurso passando pelo mirador Condor e por último chegamos ao Lago Grey, com vista para o Glaciar Grey.
No Hotel do Lago Grey comemos um ceviche sensacional, acompanhado de caipirinha (que já não era tão sensacional assim).
Completamos o circuito com uma caminhada de uma hora e meia até o Mirador do glaciar.
Todo esse tour durou umas 10 horas, percorrendo 180 km no total.
Para esta noite escolhemos outro camping privado, o camping Pehoé, junto ao lago de mesmo nome, que fica na área central do parque. O valor da diária saiu 14 mil pesos por pessoa, com banho quente e internet até as 9 da noite.
Chegamos ao camping depois das 9 da noite. As luzes já estavam apagadas e o banho gelado. Já tínhamos tido alguma informação nesse sentido, mas não nos atentamos. Enfrentamos o chuveiro mesmo assim.
Limpinhos, montamos novamente nossa caminha no carro e fomos dormir. Amanhã tem mais.
- Patagônia - Carretera Austral
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