Dia 25 - El Calafate - Torres Del Paine

Moisés escrevendo:

Antes de fazermos o checkout tentei sacar o dinheiro na Western Union. A Rê ficou escrevendo o blog.

El Calafate é uma cidade muito turística e tinha comigo que dessa vez daria tudo certo. Só que não! Na fila do correio havia mais de 20 pessoas. Só consegui confirmar a informação de que conseguiria sacar a “fortuna” de 60 mil pesos (cerca de 900 reais) e fui embora. Como ainda temos uma reserva em dinheiro, deixei para depois, Ushuaia talvez, Rio Gallegos… Sei lá. É a saga da Western Union.

Voltei para o hotel e peguei a Rê. Seguimos rumo a La Esperanza.

Para quem vai a Torres Del Paine, em vem do norte, passar por esse lugar se torna quase obrigatório, pois no parque chileno não há posto de combustível e dependendo da autonomia do carro e de quanto for rodar por lá, pode passar aperto.

Abastecimento feito, seguimos rumo à fronteira. No caminho, cerca de 70 km depois do primeiro abastecimento, apareceu um novo “posto de gasolina” que não estava previsto e tinha diesel premium. Abasteci de novo, apenas 5 litros, mas poderia “salvar uma vida”.

Passamos pela aduana de saída da Argentina e entrada no Chile, e ambas foram tranquilas.

Deixando o hotel

Paisagem no caminho

Posto em La Esperanza

Nossa estrada

Chegando a Cerro Castillo, nos deparamos com uma cidade pequeníssima, mas novinha, recém-construída. Fizemos compras na única mercearia do lugar. Aproveitamos para "almoçar" empanadas caseiras acompanhadas de Coca-Cola.

Lá encontramos um uruguaio e um italiano motociclistas que se conheceram no caminho estavam seguindo juntos. Bem bacana.

Retornando à estrada "semi-asfaltada", transitamos a maior parte do tempo por uma espécie de acostamento, todo no rípio. Aparentemente estão fazendo um grande esforço para terminar a obra, facilitando o acesso ao parque.

Cafeteria em Cerro Castillo

Única mercearia do lugar

Almoçando empanada

Nossa estrada...

Torres Del Paine ao fundo

Entramos no Parque Nacional Torres Del Paine pela portaria da Laguna Amarga, onde tiramos muitas fotos.

Na portaria apresentamos nossos tickets comprados pela internet no valor de C pesos e pegamos as informações sobre os passeios e os campings disponíveis.

Escolhemos o camping da Laguna Azul, último refúgio na extremidade leste do parque, que ficava a uns 25 km dessa portaria.

No caminho passamos pela Cascata Paine. Linda demais. Chegando ao camping nos deparamos com uma pequena estrutura, um café e banheiros com ducha quente, o que nos atenderia muito bem. No lugar também disponibilizam barracas e até saco de dormir para quem não estiver preparado para acampar.

Pagamos 15 mil pesos cada um pela noite e resolvemos dormir no carro mesmo. Trouxemos um colchão inflável adequado para SUV. Ele tem os recortes que encaixam perfeitamente ao carro e o enchimento é feito com uma bomba adaptável ao acendedor de cigarro. Perfeito.

Tínhamos a possibilidade de armar a barraca, mas por uma única noite? A preguiça bateu mais forte. Resolvemos experimentar essa nova forma de “acampar”.

O lugar onde o camping está localizado é muito lindo. O lago traz ao fundo as Torres Del Paine.

Depois de arrumarmos nossas coisas fomos “jantar” na cafeteria. Fizemos ovos mexidos com seleta de legumes e sanduíche de salame, “iguarias” compradas em Cerro Castillo. Tudo isso acompanhado de vinho que dividimos com um casal de suíços que estão de viagem pela América do Sul e ficarão 6 meses viajando entre Chile, Argentina, Colômbia e Peru, se a situação política deste país deixar.

Conversamos em inglês e espanhol, numa mistura de palavras sem fim. Ela, professora, fala espanhol, ele, engenheiro, fala inglês. Entre eles falam em alemão. Os dois pediram licença de seus trabalhos e tem suas vagas garantidas ao regressar à Suíça.

A conversa foi longa. Durou até as 10 da noite quando o café fechou e o vinho acabou. Amanhã contamos como foi nossa experiência no carro.