Dia 19 - Caleta Tortel - Vila O’Higgins

Hoje foi dia de completar a famosa Carretera Austral. 

Deixamos a pequeníssima Cabana Marys de Caleta Tortel, com as mochilas nas costas e subimos as inúmeras escadas até alcançar o carro, que estava parado na área reservada para estacionamento, na parte alta do povoado. 

Pegamos a estrada e seguimos por 40 km no rípio até Puerto Yungay.

O percurso durou uma hora e quando chegamos à fila da balsa, as 9 da manhã, só havia um carro na nossa frente.

Estacionamos e seguimos para um pequeno café, o único do lugar. A atendente, uma senhora, nos contou que junto com o marido, são os únicos moradores do lugar. É a única família em 40 km!

Fazia muito frio. Para nos aquecer pedimos chá e tostada. 

Voltando a fila da balsa ficamos conversando com um casal bem simpático, ele holandês, ela chilena. Se conheceram em Santiago há 5 anos e estão juntos desde então. Agora morando em Amsterdam. 

Quando deu 10 horas, a balsa chegou. Em 5 minutos os 8 carros da fila entraram e partimos. Não há custo algum para essa travessia. Ela é subsidiada pelo governo chileno. 

Cabana Marys

Passarelas de Caleta Tortel

Seguindo para a balsa

Horários da balsa

Café na balsa

Café...


Saudade da Bella Paulista!

Balsa

Balsa

Depois de uma hora de viagem, chegamos ao Puerto Rio Bravo. Não há nada por lá. Nada mesmo.

Percorremos mais duas horas na estrada difícil de rípio, com abismos e tudo o que temos direito, até chegarmos a Villa O’Higgins, um lugarejo de meia dúzia de ruas onde termina a famosa Ruta 7, ou Carretera Austral.

O povoado tem muitas construções novas. O governo tem investido em calçamento, escola, e infraestrutura.

Demos uma volta no pequeno centro, junto à praça principal, procurando uma cabana. Na terceira tentativa encontramos uma que aceitasse cartão de crédito e que tivesse um precinho bom.
Escolhemos o Hostal Entrelagos, novinho e tem quarto com banheiro privativo por CLP 40.000. Pequeníssimo, mas adequado ao proposto: bom banho, boa cama, ótimos lençóis. 

Depois fomos almoçar no “Entre Patagones”. Eu comi um caldo com carnes e legumes e o Mo salmão com macarrão, acompanhados de vinho e cerveja. De sobremesa uma espécie de flam. Ambos saímos satisfeitos.

Do restaurante pegamos mais 7 km de estrada para “bater a mãozinha” no final da Carretera Austral. Fim de linha e missão cumprida.

A placa indicativa fica junto a um pequeno porto. Outros viajantes também garantiam o seu prêmio: a foto do fim da “Carretera”. Eram motociclistas, ciclistas e coxinhas que, assim como nós, também foram de carro.

Uma viagem dura. Frio intenso, poeira, muitas curvas, rípio, abismos. Para se ter uma idéia, um carro de passeio capotou a 30 km da linha final. Não é mole não!

Nesse final de linha ficamos conversando com quatro brasileiros motociclistas, dois jovens de Minas Gerais e um casal de São Paulo. Tiramos fotos, trocamos experiências. 

Retornando para o povoado, passamos pelos quiosques de informações e retiramos o nosso certificado de Fim de Carretera. Bem legal. 

Retornamos a cabana para descanso, não sem antes passar no pequeno mercado para comprar bobagens, como chocolate, amendoim e outras “cositas”. 

Agora estamos no quarto sofrendo com a internet que está péssima. Sei lá se é porque estamos no fim do mundo ou se demos azar. 

Amanhã teremos 294 km pelo mesmo caminho da vinda. A ideia é dormir em Puerto Bertrand, um lugar minúsculo que passamos dias atrás. Para isso pegaremos a primeira balsa, das 11 da manhã. 

Duas horas de estrada até Vila O’Higgins

Nossa estrada até Vila O’Higgins




Retirando o Certificado do fim de Carretera.



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