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Hoje foi dia de completar a famosa Carretera Austral.
Deixamos a pequeníssima Cabana Marys de Caleta Tortel, com as mochilas nas costas e subimos as inúmeras escadas até alcançar o carro, que estava parado na área reservada para estacionamento, na parte alta do povoado.
Pegamos a estrada e seguimos por 40 km no rípio até Puerto Yungay.
O percurso durou uma hora e quando chegamos à fila da balsa, as 9 da manhã, só havia um carro na nossa frente.
Estacionamos e seguimos para um pequeno café, o único do lugar. A atendente, uma senhora, nos contou que junto com o marido, são os únicos moradores do lugar. É a única família em 40 km!
Fazia muito frio. Para nos aquecer pedimos chá e tostada.
Voltando a fila da balsa ficamos conversando com um casal bem simpático, ele holandês, ela chilena. Se conheceram em Santiago há 5 anos e estão juntos desde então. Agora morando em Amsterdam.
Quando deu 10 horas, a balsa chegou. Em 5 minutos os 8 carros da fila entraram e partimos. Não há custo algum para essa travessia. Ela é subsidiada pelo governo chileno.
Cabana Marys |
Passarelas de Caleta Tortel |
Seguindo para a balsa |
Horários da balsa |
Café na balsa |
Café... |
Saudade da Bella Paulista! |
Balsa |
Balsa |
Depois de uma hora de viagem, chegamos ao Puerto Rio Bravo. Não há nada por lá. Nada mesmo.
Percorremos mais duas horas na estrada difícil de rípio, com abismos e tudo o que temos direito, até chegarmos a Villa O’Higgins, um lugarejo de meia dúzia de ruas onde termina a famosa Ruta 7, ou Carretera Austral.
O povoado tem muitas construções novas. O governo tem investido em calçamento, escola, e infraestrutura.
Demos uma volta no pequeno centro, junto à praça principal, procurando uma cabana. Na terceira tentativa encontramos uma que aceitasse cartão de crédito e que tivesse um precinho bom.
Escolhemos o Hostal Entrelagos, novinho e tem quarto com banheiro privativo por CLP 40.000. Pequeníssimo, mas adequado ao proposto: bom banho, boa cama, ótimos lençóis.
Escolhemos o Hostal Entrelagos, novinho e tem quarto com banheiro privativo por CLP 40.000. Pequeníssimo, mas adequado ao proposto: bom banho, boa cama, ótimos lençóis.
Depois fomos almoçar no “Entre Patagones”. Eu comi um caldo com carnes e legumes e o Mo salmão com macarrão, acompanhados de vinho e cerveja. De sobremesa uma espécie de flam. Ambos saímos satisfeitos.
Do restaurante pegamos mais 7 km de estrada para “bater a mãozinha” no final da Carretera Austral. Fim de linha e missão cumprida.
A placa indicativa fica junto a um pequeno porto. Outros viajantes também garantiam o seu prêmio: a foto do fim da “Carretera”. Eram motociclistas, ciclistas e coxinhas que, assim como nós, também foram de carro.
Uma viagem dura. Frio intenso, poeira, muitas curvas, rípio, abismos. Para se ter uma idéia, um carro de passeio capotou a 30 km da linha final. Não é mole não!
Nesse final de linha ficamos conversando com quatro brasileiros motociclistas, dois jovens de Minas Gerais e um casal de São Paulo. Tiramos fotos, trocamos experiências.
Retornando para o povoado, passamos pelos quiosques de informações e retiramos o nosso certificado de Fim de Carretera. Bem legal.
Retornamos a cabana para descanso, não sem antes passar no pequeno mercado para comprar bobagens, como chocolate, amendoim e outras “cositas”.
Agora estamos no quarto sofrendo com a internet que está péssima. Sei lá se é porque estamos no fim do mundo ou se demos azar.
Amanhã teremos 294 km pelo mesmo caminho da vinda. A ideia é dormir em Puerto Bertrand, um lugar minúsculo que passamos dias atrás. Para isso pegaremos a primeira balsa, das 11 da manhã.
Duas horas de estrada até Vila O’Higgins |
Nossa estrada até Vila O’Higgins |
Retirando o Certificado do fim de Carretera. |
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