Dia 11 - Hornopiren - Chaiten

Hoje acordamos as 7 da manhã, tomamos o café no hotel e seguimos com as malas até o pequeno porto onde o carro ficou estacionado na fila da balsa.

O dia amanheceu nublado, mas logo o sol apareceu. 

Quando chegamos no porto,  a fila já estava enorme e o nosso carro estava lá, bem colocado no início desta fila. Seguimos a orientação do atendente do hotel e garantimos a nossa entrada na balsa caso houvesse alguma vaga disponível.

Encontramos dois brasileiros de carro, na mesma situação que a nossa. Estavam com barraca de teto instaladas em suas caminhonetes e dormiram na fila mesmo. 

Eles contaram que estavam fazendo um tour que passaria pela Carretera Austral numa excursão com mais 12 carros, mas que desistiram do grupo. Justificaram dizendo que era muita gente, o que tornava o percurso lento e empoeirado. Além disso, não havia qualquer liberdade para parar em algum ponto de interesse, para contemplação ou qualquer outra coisa. O cronograma era seguido à risca pelos guias da expedição, que tinham como foco o deslocamento e a parada em acampamento para o descanso no final do dia. Reclamaram que tinham que acordar diariamente às 6h00 da manhã pra desmontar a barraca, depois andar a irritantes 40 km/h em estrada empoeirada, sem nem poder curtir a vista direito. Enfim… Não gostaram e caíram fora. Agora estão fazendo o seu próprio itinerário. 

Depois dessa prosa a balsa chegou. Primeiramente embarcaram os carros que tinham passagem para o horário das 10 da manhã. Em seguida embarcou a “fila de espera”, gente que tinha passagem para dia ou horário diferente, ou que simplesmente resolveu arriscar e foi direto para a fila, sem passagem mesmo. 
Sobraram 10 vagas na balsa e todos da “fila de espera” conseguiram embarcar. Foi sensacional! A balsa ficou absolutamente lotada!







A viagem, com duração de mais ou menos 3 horas, foi muito tranquila. A embarcação percorre um canal,  numa espécie de fiorde, o que torna o trajeto muito bonito e agradável. O barco também  tem uma parte superior com poltronas, lanchonete e banheiros. Tudo muito confortável. 

Terminado o percurso desembarcamos e percorremos uns 10 km em estrada de rípio para alcançar a segunda balsa, que demorou a sair. 

O Mô foi verificar o motivo e descobriu que, embora a segunda balsa fosse igualzinha a primeira, havia carros que não conseguiam entrar pois não estavam cabendo. Chamaram os motoristas que tiveram que aproximar mais os carros para sobrar mais espaço no final. Depois de muita manobra, conseguiram encaixá-los e, sob aplausos, seguimos viagem.

Foram mais 40 minutos de travessia pelo mar muito tranquilo e com lindas paisagens. 

Chegamos ao Porto de Caleta Gonzalo perto das 4 da tarde e fizemos uma parada para comer alguma coisa salgada, na cafeteria do único hotel do lugar. Porém só encontramos tortas e bolos. 

O Mô comprou uma porção imensa de torta de maçã e eu comi uma lata de grão-de-bico que tínhamos no carro, e esse foi  nosso almoço. 
Navegação

Café

Do desembarque ao nosso hotel (que está 4 km antes de Chaiten) foram mais 52 km dos quais 35 em ripio que seguimos junto a bravos ciclistas. 
Fizemos duas paradas antes de chegarmos a Chaitén.

Na primeira fomos conhecer o Parque das Alerces, e lá fizemos a trilha de mesmo nome, com duração total de 45 minutos, num sendero bem demarcado.
Esse parque preserva essa espécie de árvore, as Alerces, em extinção, que podem viver até 3.000 anos. 


A segunda parada foi na trilha das "Cascadas Escondidas". Uma caminhada dura, em subida, com uma hora de duração na ida e mais uma hora para a volta. O caminho também estava bem demarcado. No percurso já avistávamos algumas cachoeiras, mas o “gran finale” é que foi sensacional. Uma queda de uns 80 metros de altura, com um grande poço no final. Valeu o esforço.
 




Passamos na pousada, reservada pelo Booking, fizemos nosso check-in e seguimos para Chaiten para jantar no restaurante Flamengo (o Mô odiou o nome) em frente ao mar. Era 9 da noite e ainda tínhamos sol.
Nem estacionamos o carro e encontramos mais brasileiros. 

Jantamos um bife de vacuno a lo pobre (bife, dois ovos e batata frita) e voltamos ao hotel, simples e caro pra danar. Nem vou falar o preço.

Amanhã tem mais passeio. 

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