Dia 9 - Carro guinchado em Miami

- Palmeiras no Mundial - USA junho 22, 2025

Acordamos cedo.

O Lulão estava atrasado para retirar o carro da rua e colocá-lo no estacionamento. Saiu correndo e quando chegou ao local, não encontrou o carro.

Num primeiro momento, ficou na dúvida se realmente teria estacionado ali. Deu uma volta… e nada. O carro realmente não estava mais lá.

Na noite anterior, o Mo leu a placa — confusa, cheia de informações — e deduziu que o carro só poderia ficar por lá até as 7 da manhã.

O Lulão ligou pra gente, e achávamos que, como passou do horário, o carro tinha sido guinchado.

Começamos a investigar o que poderia ter acontecido. Foi então que analisamos melhor a placa e percebemos que, na verdade, ela indicava que aquele espaço era exclusivo para veículos com uma permissão especial de estacionamento — algo comum aqui em Miami. Se você não tem esse documento, o carro pode ser guinchado rapidamente. E foi exatamente o que aconteceu: mal chegamos com o carro alugado e ele já foi guinchado. O horário noturno é reservado exclusivamente aos moradores com permissão.

Pesquisamos na internet e encontramos um número para ligar e confirmar se o carro havia sido guinchado. E sim, o veículo havia sido recolhido e estava em um estacionamento a apenas 8 minutos a pé do nosso Airbnb.

Seguimos os cinco até o local para resgatar o carro. Ao chegarmos, o carro realmente estava lá, mas, por ser alugado, pediram uma autorização da locadora para liberá-lo. O Lucas passou um tempão tentando entrar em contato com a Avis, sem sucesso. Quando finalmente conseguiu falar com alguém, veio a frustração: informaram que não fornecem esse tipo de autorização.

A sensação é de que os agentes que fizeram o guincho já sabiam disso — e não éramos os únicos. Outras pessoas, também turistas, estavam no mesmo local enfrentando o mesmo problema. O que mais nos indignou foi que a placa da rua não é nada clara. Tem muitas informações, o que torna fácil cair em erro. Parece até proposital. Diante disso, ficamos com a impressão de que essa prática é uma verdadeira fonte de renda para a cidade. O pátio estava lotado de carros guinchados.

O valor da multa? US$460,00, mais US$40,00 por dia que o carro permanecer no pátio.

A locadora enviará uma pessoa para retirar o carro. E como hoje é sábado, não há esse tipo de atendimento — ou seja, eles têm alguns dias para retirar o veículo, mas não sabemos ao certo quando isso vai acontecer: pode ser hoje, amanhã ou só depois.

Nos informaram que, se o carro for retirado ainda dentro do período da nossa locação, poderemos buscá-lo diretamente no aeroporto de Miami. Coisa linda, né?

Então, nos conformamos e decidimos que vamos aproveitar o resto dos dias aqui em Miami a pé mesmo.

Depois que percebemos que não havia mais nada a fazer, decidimos deixar o estresse de lado e fomos aproveitar o dia.

Caminhamos bastante pela orla, num sol de 32 graus, compramos um guarda-sol, duas cadeiras, saladas, sanduíches e fomos fazer “farofa” na praia.

Ficamos até quase 5 horas da tarde, curtindo o mar com água quentinha, tentando relaxar e torcendo para que nada mais de errado aconteça nessa viagem.

Voltamos para casa, tomamos banho, assistimos a uma partida de futebol e, depois, eu e o Mo saímos para passear pelo famoso bairro Art Déco, aqui em Miami Beach.

A região estava super movimentada. Esse bairro é conhecido por sua arquitetura charmosa e nostálgica, com prédios baixos, coloridos e iluminados com néons, construídos entre as décadas de 1920 e 1940. É um verdadeiro cartão-postal de Miami — e também uma viagem no tempo.

Meio brega, o lugar é animado e exagerado, concentrando gente de todo tipo que vai para curtir os bares e restaurantes com músicas ao vivo.

Para encerrar a noite, fomos jantar em um restaurante peruano, o CVI.CHE 105 South Beach, localizado na Washington Avenue. O restaurante é lindo e super conhecido pelos ceviches e pratos autênticos da culinária peruana. Comemos um quarteto de ceviche que estava delicioso.

Amanhã tem mais.

Curtindo a praia num calor de 32 graus!