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Acordamos animados para o primeiro dia completo aqui nos Estados Unidos e descemos para tomar café no lobby do hotel. Já era umas 9h30 da manhã, e o lugar estava absolutamente lotado — parecia que o hotel inteiro teve a mesma ideia ao mesmo tempo.
O Mo foi logo pegar as coisas que queria: bacon, ovos, café com leite, torrada… e um pouco de fruta. Mas fruta, de fato, quase não tinha. Só laranja e maçã.
Aí, às 10h01, ele levantou para pegar mais alguma coisa… e simplesmente já tinham retirado tudo. Tudo mesmo. Não deixaram nada, nem uma bolachinha esquecida no canto.
Ficamos impressionados com essa diferença cultural. No Brasil, geralmente tem uma certa flexibilidade, um jeitinho, um aviso antes de encerrar. Aqui, 10 horas é 10 horas — ponto final. Não importa quantas pessoas ainda estejam chegando. Um contraste direto com o estilo brasileiro de acolher, adaptar, esperar o último da fila.
Foi um café da manhã que começou com fome e terminou com reflexão.
Depois do café, deixamos o hotel Harmony Suites e pegamos o ônibus 320 na porta, debaixo de chuva.
Descemos na Times Square, compramos um guarda-chuva por 6 dólares e seguimos caminhando em direção ao sul de Manhattan.
Nossa primeira parada do dia foi numa loja da T-Mobile para tentar resolver um problema com o chip que havíamos comprado no Walmart. Quando chegamos lá, o atendente olhou o celular do Moisés — um Samsung — e logo avisou que ele não era compatível com o chip da AT&T. Ele ainda comentou que não é muito recomendado comprar esses chips em supermercados como o Walmart. O ideal seria ter adquirido direto em uma loja oficial, como aquela onde estávamos.
Já íamos embora meio desanimados, quando o atendente, com gentileza inesperada, perguntou se eu tinha um iPhone. E, eu tinha. Ele então pegou um chip da T-Mobile, instalou no meu celular, ativou nosso plano pré-pago e deixou tudo funcionando direitinho.
Foi uma surpresa boa, porque, sinceramente, o atendimento nos Estados Unidos nem sempre é acolhedor. Muitas vezes as pessoas são impacientes ou até um pouco ríspidas, especialmente em lojas de atendimento ou balcões de informação. Mas esse rapaz foi atencioso, prestativo e resolveu tudo com calma e boa vontade.
Saímos da loja com o chip funcionando e tudo pronto para seguirmos tranquilos nos próximos 30 dias de viagem.
A segunda parada foi na Macy’s. Visitamos os andares de moda masculina e feminina, mas com o dólar a seis reais, nem as promoções animavam. Ainda assim, foi interessante ver a variedade de estilos reunidos naquele prédio gigantesco.
Continuamos em direção ao West Village e, por volta de 13h30, resolvemos procurar algo para comer. Paramos em um mercado e compramos comidas prontas: o Moisés escolheu sushi com sashimi, e eu fui de frango chinês. Saímos com a refeição na mão, mas não sabíamos onde poderíamos comer. A chuva continuava, e não encontrávamos um cantinho seco ou uma praça coberta.
Depois de pesquisar rapidamente na internet, decidimos ir até o High Line — um parque suspenso construído sobre uma antiga linha férrea elevada. Mesmo com o tempo fechado, o lugar é especial: jardins, arte urbana, mirantes e um olhar diferente sobre a cidade.
Encontramos um banco debaixo de árvores que, por sorte, não estava molhado, e foi ali que almoçamos — com vista para o verde e muitos turistas nos observando curiosos.
Depois desse “almoço” seguimos nosso passeio pelo jardim suspenso até o Chelsea Market, que estava absolutamente lotado. Ainda assim, valeu a visita. O mercado, instalado em um antigo edifício industrial, reúne lojinhas, padarias, comidas do mundo todo e um clima descontraído — mesmo em um dia cinzento como hoje.
Encontramos muitos brasileiros por lá. Acho que muita gente teve a mesma ideia: passeio coberto num dia chuvoso!
Depois do passeio pelo Chelsea Market, seguimos até a Little Island, uma ilha-parque moderna e surpreendente construída sobre pilares no Rio Hudson. O lugar é um verdadeiro jardim suspenso, com caminhos sinuosos, mirantes, áreas para apresentações artísticas e muito verde — tudo isso com uma vista incrível da cidade e do rio.
Lá do ponto mais alto, tivemos uma bela visão de Manhattan. Dava até pra ver o Empire State Building ao longe. E, à margem do rio, os iates atracados chamavam atenção — enormes, brilhantes, com cara de milionários mesmo. Um verdadeiro cenário de filme.
De lá, seguimos caminhando até o Memorial de 11 de Setembro. Chegamos a um centro comercial moderno localizado dentro do complexo do novo World Trade Center, em Lower Manhattan. O lugar não existia em 2016 quando estivemos por lá. O shopping fica dentro do Oculus, um edifício futurista projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. A estrutura, toda branca, lembra asas abertas e impressiona tanto por fora quanto por dentro. É impossível passar por ali sem parar para tirar uma foto.
Também vimos o museu (que acabamos não entrando) e visitamos o Memorial Aberto — aquele espaço tocante com os nomes de todas as vítimas gravados ao redor das fontes. Um lugar de respeito, silêncio e reflexão.
Depois de uma volta pelo local, pegamos a linha 1 do metrô e seguimos de volta até a Times Square. E ali tivemos uma surpresa: uma multidão de palmeirenses tomando conta do coração de Nova York! Uma festa que antecede o jogo de estreia do Palmeiras. Muitos torcedores, com camisas, bandeiras, cantando hinos, gritando “Palmeiras” com empolgação. Um verdadeiro carnaval verde e branco no meio da cidade!
Já era 19h quando deixamos o agito e pegamos o 320 de volta ao Harmony Hotel. No hotel, jantamos a comida que tínhamos comprado no Walmart no dia anterior. O Mo ainda ficou animado assistindo à estreia do Mundial da FIFA, num jogo entre um time do Egito e o Inter Miami, com Messi em campo.
Amanhã será o grande dia!
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