A noite no Posto Sim, em Ijuí, foi barulhenta. Já na madrugada, começou uma movimentação intensa de caminhões — todos quietinhos quando chegamos no fim da tarde anterior, mas que resolveram dar "o ar da graça" bem cedo. Era madrugada ainda... e todos os motores já estavam ligados!
Os piores foram os caminhões frigoríficos, que mantêm o motor ligado a noite toda para conservar a carga. Foi, sem dúvida, a pior noite da estrada até agora. O Mô acordou às 6h, e eu logo em seguida. Tomamos café no posto mesmo e partimos para mais um trecho da viagem, seguindo pela BR-158.
A noite foi tão intensa que eu até esqueci de tirar a foto do dia!
A BR-158, especialmente nesse trecho do Rio Grande do Sul é bonita, com paisagens de muito verde, plantações e pastagens. Entramos numa região conhecida como Caminho das Missões, uma rota histórica e cultural que passa por cidades marcadas pela presença dos Sete Povos das Missões, onde cada buraco na estrada deve representar uma missão diferente. A missão da paciência, a da suspensão automotiva, a da sobrevivência...Tá loco!
Foi um trajeto tão tenso que mal conseguimos conversar. Aliás, ficamos até arrependidos de não ter seguido viagem pela Argentina, saindo por Foz do Iguaçu ou Dionísio Cerqueira, que seriam nossas opções iniciais.
Almoçamos em Cunha Porã (SC), num restaurante junto ao Posto Auriverde. Pegamos a indicação no Google, mas, chegando lá, descobrimos que era só lanchonete. Não tinha o que fazer… mandamos pra dentro um hambúrguer mesmo e seguimos viagem.
Depois do almoço, a estrada começou a melhorar. Ficou mais "firminha", como diz nosso amigo Fábio. Passamos por belas serras em Santa Catarina e Paraná, com trechos bem agradáveis de dirigir, tanto pelo asfalto quanto pela paisagem.
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| Nosso próximo "motorhome" |
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| Está que "nem pisca"! |
Mesmo com a trégua da estrada, o dia foi puxado. Chegamos a Nova Aurora (PR) quase às 20h, depois de 11 horas de estrada e de repensar seriamente todas as escolhas da vida que nos trouxeram até aqui (rsrsrs).
Estamos hospedados no único hotel da cidade, o Hotel Paloma.
Voltamos a Nova Aurora para dar manutenção na Camper. Tivemos um problema com o levantamento do pop-up durante o trajeto. Não sabemos se deixamos uma das presilhas presas e acabamos forçando o teto ao levantar, se o pistão emperrou, ou se foram as duas coisas juntas. O fato é que vamos reforçar essa parte para evitar que isso aconteça novamente.
À noite, pra fechar o dia com chave de ouro, jantamos no Espetinho do Baiano. Nada contra o Baiano, mas enfim... acho que preciso voltar a cozinhar!
Amanhã tem mais histórias!
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