Dia 15 - Avignon

Estamos em Avignon uma das principais cidades da região da Provença, às margens do Rio Rodano. 
Pegamos o carro para o primeiro passeio do dia. 39 km nos separavam de Le Baux en Provence, uma cidade com aspecto medieval e com histórico de ter sido habitada desde 6000 ac !!!! Lojinhas, restaurantes, cafés e muita história nesse lugar fantástico que fica no alto de uma colina e que tem como principal atração as ruínas de um castelo no topo.
Ao lado do vilarejo acontece o Carrieres des Lumieres, uma exposição audiovisual impressionante. Ela ocorre numa antiga mina de extração de bauxita (Baux vem de bauxita) e calcário que foi usado na construção do castelo e do vilarejo, situada no Vale do Inferno, paisagem que inspirou a descrição feita por Dante do inferno na Divina Comédia. Na década de 1930, com o crescimento da comercialização de matéria-prima alternativa ao calcário, a exploração teve fim, mas tempos depois o lugar chamou atenção de Jean Cocteau, que decide filmar no local “O testamento de Orfeu”. Uma exposição permanente, com projeção de trechos do filme e entrevista com o cineasta pode ser vista no local – pena que o filme seja em francês sem legendas, mas vale atentar às imagens, até Picasso topou ser ator. 
Sensacional. A entrada é €14,50 por pessoa e os espetáculos são ininterruptos, com duração de 50 minutos. 
Voltamos para Avignon e fomos direto para a principal atração da cidade que é o gigantesco Palácio dos Papas, uma das maiores e mais importantes construções góticas da Idade Média na Europa e que virou sede da igreja católica de 1309 a 1377. E porque a igreja deixou Roma?? Felipe VI da França foi fundamental para garantir a eleição de Clemente V, um francês, ao papado em 1305. Esse foi um desfecho impopular em Roma. Várias facções tornaram a vida de Clemente V nada confortável. Para escapar do clima hostil ele decidiu em 1309 transferir a sede papal para Avignon na França então propriedade dos vassalos papais.
O acesso ao palácio é feito depois de passarmos pelos muros que cercam essa área da cidade. 
Estacionamos bem no centro, a poucos minutos a pé do lugar.
Alcançando a entrada principal, pagamos €17 cada um para visitar o castelo, os jardins e a ponte Saint-Benezet.
O lugar é bem interessante, embora não haja mobílias que ilustrem a época. Recebemos um tablet que através da leitura de QR codes colocados nos diversos ambientes nos dava tanto informações do que se passava ali como uma visão 3D das inúmeras salas e espaços que visitamos. 
Mesmo com chuva, deu para ver bem, afinal apenas os jardins ficavam em área externa.
De lá fomos para a ponte medieval que dava acesso ao castelo.
Terminado o passeio, retornamos para o estacionamento, não sem antes passar por um mercado para comprar nossa janta.
Amanhã tem mais.

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