Dia 46 - Porto Alegre

Já passamos pelo Rio Grande do Sul diversas vezes, mas nunca estivemos em Porto Alegre. Talvez por ser uma cidade grande, essa foi a última capital do sul a ser explorada em nossas viagens.

Chegamos no final da noite e seguimos para o bairro escolhido, o Moinhos de Vento, localizado na região central. Este bairro é muito valorizado pelo padrão dos imóveis e também por conta dos inúmeros bares e restaurantes que se espalham por suas ruas arborizadas. O lugar tem uma atmosfera elegante, com casarios antigos e bem preservados.

Foi também neste bairro que o Grêmio, time tradicional do estado, teve um campo de futebol utilizado até 1954, quando foi inaugurado o estádio olímpico. No lugar surgiu o Parque Moinhos de Vento, um complexo com campo de futebol, quadras, pistas poliesportivas e atividades culturais em meio a muito verde.

Coincidentemente estamos hospedados no hotel Park Plaza Moinhos 1903, inaugurado em novembro de 2022, sendo o primeiro hotel temático de clube de futebol no Brasil. O local servirá como concentração para a comissão técnica e atletas do Grêmio até 2025. O número 1903 se refere à fundação do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Depois do café, deixamos o hotel e com temperatura de 30 graus fomos caminhando até o centro antigo. Passamos pelas ruas arborizadas até alcançar a Avenida Farrapos, desembocando no centro histórico da cidade.

Na Praça da Matriz nos deparamos com o Palácio Piratini, sede do governo e casa do governador do estado do Rio Grande do Sul. O lugar é lindo e está muito bem cuidado.

Perguntamos se poderíamos visitar e a resposta foi negativa. Embora existam visitas guiadas, o lugar está em obras e, por segurança, as visitas foram suspensas. Não pudemos conhecer o palácio de 1921, mas nos autorizaram a tirar uma foto na escadaria. E foi o que fizemos.

Conhecemos a Casa de Cultura Mário Quintana, no antigo hotel de luxo Majestic, que teve seu auge entre 1930 a 1950. O lugar é monumental. Difícil acreditar que todos aqueles quartos um dia puderam ser ocupados.

Também conhecemos o museu do exército, com tanques, carros de combate, armas, motos e toda parafernália de guerra.

Depois percorremos outras ruas e monumentos históricos até chegarmos ao Mercado Público, muito parecido com o Mercado Municipal de São Paulo, com bancas de frutas, peixes, carnes, defumados e uma variedade de bares e restaurantes para experimentar as iguarias gaúchas.

Almoçamos por lá mesmo. Escolhemos o restaurante mais antigo da cidade, o Gambrinus, aberto em 1889, especialista em frutos do mar e comida portuguesa. Experimentamos o delicioso bolinho de bacalhau e pedimos o prato do dia, um combinado de carne, mandioca e acompanhamentos. Tudo muito bom.

Na volta caminhamos até a orla do Rio Guaíba, totalmente renovada em meados de 2018. O lugar, abandonado por décadas e considerado perigoso, virou o novo "point" de lazer dos porto alegrenses. Recebeu nova iluminação, deques de madeira, ciclovia, bicicletários, quadras esportivas, banheiros, restaurantes sofisticados e até lojas de roupas. Ficou lindo mesmo.

Fizemos uma parada no restaurante Press do Cais, onde comemos um banofe delicioso, com vista para o rio.

Com o calor de mais de 30 graus e já cansados, chamamos um Uber para retornar ao hotel.

No hotel pegamos o carro e continuamos o nosso tour, agora no ar condicionado. Ufa!

Passamos novamente pela orla renovada e seguimos para conhecer os dois estádios mais famosos da cidade, o Beira Rio e a Arena do Grêmio.

Terminamos o dia jantando no Peppo Cucina, outro lugar lindo, com uma massa deliciosa.

Amanhã seguimos para Gramado.