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Antes de começar a falar sobre o dia de hoje, preciso contar uma história.
Há cerca de 20 anos, meu filho Lucas fez um intercâmbio aqui perto de Montreal, em Shawinigan, ficando hospedado na casa de uma família canadense. Carole e Jean, seus “pais adotivos”, nunca perderam contato com ele. Já foram ao Brasil duas vezes — em uma delas, ficaram em nossa casa, e, na outra, há dois anos, foram convidados pelo Lucas para o seu casamento.Então, estávamos devendo uma visita ao Canadá.
Quando decidimos vir a Montreal, entramos em contato com Jean pelo Messenger do Facebook — que, aliás, é o principal meio de comunicação deles por aqui — avisando que estaríamos na cidade e adoraríamos encontrá-los.
Jean respondeu prontamente: claro que queria nos ver! Disse que viria nos buscar em Montreal, nos levaria até a casa deles e depois nos acompanharia até Quebec.
Combinamos o encontro para as 17h, no saguão do hotel.
Acordamos tarde. Muito tarde! Dormir em dólar canadense não é barato, mas estávamos realmente cansados. O dia anterior foi longo e estressante. Eu ainda me recupero de uma gripe. O Mo, por outro lado, já está 100%.
Começamos a caminhar por volta do meio-dia. Saímos do hotel Le Roberval, que tem uma localização excelente, em direção à Catedral de Notre-Dame.
Mas chovia… e muito! Mesmo assim, colocamos as jaquetas, pegamos o guarda-chuva e encaramos a rua. A chuva ia e voltava — às vezes mais fraca, às vezes com força.
Fizemos uma pausa estratégica num café onde serviam croissant recheado com presunto, queijo e ovos.
Quando a chuva deu uma trégua, continuamos o passeio a pé, rumo ao centro antigo da cidade.
Entramos num shopping depois passeamos pelo tradicional bairro chinês de Montreal, criado no fim do século XIX. É uma região cheia de lojinhas, mercados e restaurantes asiáticos. A entrada é marcada por um grande portal (paifang), símbolo da cultura chinesa no Canadá. Lá fizemos mais uma parada para tomar um suco de manga, digamos, diferente.
Seguimos até a Catedral de Notre-Dame que fica na parte histórica da cidade, no bairro de Old Montreal (Vieux-Montréal), e é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. É uma construção neogótica de 1829, famosa pelos vitrais coloridos, altar entalhado em madeira e órgão com mais de 7 mil tubos. Foi ali, inclusive, que aconteceu o casamento da cantora Céline Dion.
Por fora, ela não impressiona tanto — lembra a Notre-Dame de Paris, porém menos imponente. Mas por dentro é absolutamente deslumbrante.
A igreja, além das esculturas e vitrais, possui uma iluminação dramática que realça cada detalhe da sua arquitetura. Ao abrir a porta e entrar, fiquei absolutamente encantada.
A entrada custa 16 dólares canadenses por pessoa — e vale cada centavo.
Depois dessa visita voltamos apressados para o hotel — já era quase 17h, o horário combinado com Jean e Carole. No caminho, ainda passamos por um posto de informações turísticas, onde um atendente que falava espanhol nos recebeu com muita simpatia e nos deu um mapa com os principais pontos de Montreal. Teríamos ficado horas conversando sobre tudo o que há para ver por aqui, mas o relógio apertava.
Chegamos ao hotel com poucos minutos de folga. Logo em seguida, Carole, Jean e o filho Nicolas chegaram. Nicolas era o “irmão canadense” do Lucas na época do intercâmbio. Eles têm três filhos, mas os outros dois já não moravam com os pais naquela época.
Saímos todos juntos para jantar no restaurante Baton Rouge. Pedimos lula, bolinho de caranguejo com um toque asiático, carne e batatas fritas, tudo acompanhado de cerveja. Estava tudo delicioso.
E conversamos muito! Como? Nem sei dizer. Misturando o nosso inglês “macarrônico” com o português!!
Já era quase nove da noite quando voltamos caminhando para o hotel e nos despedimos.
Amanhã, eles nos acompanham novamente — vamos conhecer a “old Montreal”.
Jantar no Baton Rouge |
Notre Dame |
Padaria no bairro chinês. |
Shopping |
Rua para pedestres Saint Catherine |
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