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Dormimos super bem no posto da Rede Macedo, em Goioerê. A noite foi tranquila e ainda teve uma chuvinha leve e gostosa.
Pela manhã, fechamos a Camper, tomamos café na conveniência do posto — com direito a pão de queijo fresquinho — e às 8h30 já estávamos de volta à estrada. Pela frente, 600 km de jornada cruzando o Paraná de oeste a leste.
Começamos o trajeto pela PR-272, uma estrada bastante tranquila, bem calçada, com pouco movimento, passando por áreas rurais, plantações e pequenas cidades. Um visual lindo, muito verde!
Depois, pegamos a PR-487, que continua cortando o interior do estado com paisagens lindas de morros e muita natureza ao redor. É uma rota bem cênica, mas com algumas curvas e trechos que exigem atenção redobrada — e paciência com os caminhões.
Paramos para abastecer e almoçamos em Cândido de Abreu, no Restaurante Varanda Fogão a Lenha. A comida estava muito boa, simples e caprichada, com sabor de interior. Foi um ótimo achado no meio do caminho.
Noite no posto da Rede Macedo, em Goioerê, junto da borracharia do Xuxu! |
Nossa estrada... |
Seguimos pela PR-239, uma estrada mais estreita, mas igualmente charmosa, cercada por montanhas e muitas áreas de mata nativa. Depois, entramos na BR-376, mais movimentada, já se aproximando da Região Metropolitana de Curitiba. Essa rodovia é duplicada e boa, mas o volume de veículos aumenta consideravelmente por ali.
E como toda boa viagem precisa de um teste de paciência… o trânsito travou. Já próximos de Curitiba, enfrentamos um congestionamento infernal e ficamos mais de meia hora parados — aquele clássico “vai e para” que parece nunca ter fim.
Saindo daquele congestionamento caótico, seguimos viagem pela BR-277. A estrada, bastante movimentada e com trechos mal iluminados, logo nos chamou atenção por outro motivo: havia muitos peregrinos caminhando pelo acostamento.
Peregrinos? Numa rodovia federal, com tráfego intenso e pouquíssima estrutura para pedestres? Não entendi na hora. A cena era ao mesmo tempo bonita e preocupante. Eles estavam em grupos, a pé, alguns com mochilas, cajados e camisetas com fitas amarelas que iluminavam com o farol dos carros.
Curiosa, fui pesquisar e descobri que se trata de uma tradição de fé muito forte no Paraná: a romaria até o Santuário do Rocio, em Paranaguá. Todos os anos, especialmente na Páscoa, muitos fiéis caminham por dias até lá, saindo de diferentes cidades do estado. Alguns fazem promessas, outros vão agradecer — e muitos seguem apenas pela devoção.
Ainda assim, ver tudo isso numa estrada tão perigosa dá um aperto no peito. A fé move, mas o risco é real. Torcemos pra que todos cheguem bem ao destino.
Chegamos a Morretes perto das 8 da noite, muito cansados.
Estamos no Camping Central, bem localizado e com estrutura simples, por R$ 40 por pessoa.
Montamos a Camper e enquanto o Mo assistia ao jogo do Palmeiras no celular, eu fiz a janta. Vida em equipe…cada um no seu talento (rsrsrs).
Amanhã é dia de passeio pela cidade!
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