Dia 42 - Um dia entre Morretes, Antonina e a Graciosa”

Acordamos cedo no Camping Central. O nome faz jus à localização: em dez minutinhos de caminhada já estávamos no centrinho de Morretes.

O camping até tem uma área agradável, arborizada, com boa sombra, mas a estrutura é bem precária. Tem ponto de energia, mas é todo improvisado: só um ponto de água para todo mundo, e os banheiros… simples, muito simples. Pelo menos o chuveiro elétrico funcionava bem e era quentinho.

Fechamos a camper e seguimos viagem para Antonina, cidade vizinha de Morretes, que fica a apenas 17 km de distância.

Chegando à pequena cidade, estacionamos o carro próximo ao centro histórico e fomos caminhar pelas ruas estreitas de pedra.

Antonina tem um ar de cidade parada no tempo. Segundo dados do IPHAN, são mais de 400 imóveis tombados, muitos deles do período colonial. Infelizmente, grande parte está mal conservada, com fachadas desgastadas e estruturas precisando de cuidados. Mas, mesmo assim, achamos uma graça!

Tomamos café na Maná Confeitaria, Panificadora e Lanchonete. Um lugar muito arrumadinho e charmoso.

A cidade parece ter bastante potencial turístico. Tem história, tem paisagem bonita, tem comida boa. Mas estava bem vazia. Algumas vans chegam de Curitiba com turistas que ficam meia hora, batem umas fotos e depois seguem para Morretes para almoçar. De lá, pegam o famoso trem da Serra do Mar, que liga Morretes a Curitiba, atravessando a Mata Atlântica em um trajeto cinematográfico. 

Ou seja… Antonina perde muito! Em fim…
  
A cidade...










 


Museu da Imagem e do Som - Antonina


Estação de Trem Antonina

Estação de trem Antonina

Depois desse passeio “no passado”, retornamos a Morretes para ver a estação de trem e o movimento da cidade. 

O trem chegou trazendo mais turistas e a cidade já estava absolutamente lotada! 

Os restaurantes? Abarrotados! Gente saindo pelo ladrão! Demos graças a Deus que o nosso dia de passeio foi ontem. Até pensamos em almoçar novamente por lá… mas sem chance.

Então pegamos o rumo da Estrada da Graciosa. Logo no início, vimos um restaurante — a Pousada e Restaurante Dona Siroba — que estava bem movimentado, mas ainda com mesas disponíveis.

Resolvemos parar e almoçamos por lá uma invenção que eu nunca tinha visto na vida: “filé com mignon”. Achei que fosse filé mignon, pedi toda empolgada… mas veio um pedaço com osso no meio. Pensei que tinham errado o prato. O garçom explicou que era um corte especial: metade contrafilé, metade filé mignon. Pois bem… devo ter ficado com a parte do osso, de tão dura que estava a carne!

Depois do almoço, subimos a Estrada da Graciosa — uma das estradas mais lindas do Brasil. São pouco mais de 30 km de curvas e Mata Atlântica preservada, com mirantes, paredões verdes e trechos calçados com pedras. Sensacional!
Cruzamos muitas motos e muitos carros descendo em direção a Morretes. A cidade vai explodir no fim de semana!

Quase chegando na BR-116, vimos uma plaquinha: “Estrada Velha da Graciosa”. Curiosos, resolvemos seguir.

Foram uns 20 km por uma estrada charmosa, passando por chácaras, fazendas com aquelas casas antigas de madeira e cheias de história pra contar. No fim das contas, fizemos uma espécie de círculo e retornamos para a BR-116.
  
Portal da estrada da Graciosa

Portal da estrada velha

Estrada da Graciosa

Ponte - Estrada da Graciosa

Ponte - Estrada da Graciosa

A viagem a partir daí foi bem tranquila. Estrada vazia.

Chegamos ao Graal Petropen, em Pariquera, às 18h30.

O lugar é gigantesco! É o primeiro Graal do Brasil, inaugurado há 50 anos. E que estrutura!

Tem ponto de energia para motorhomes, banheiro com chuveiro para turistas e outro banheiro separado para caminhoneiros. Tudo muito limpo, bem cuidado.

O atendimento também é fora de série! Fez inveja a qualquer YPF argentino.

Tomamos banho — “top five” da viagem — compramos um frango assado no restaurante e fomos jantar na Camper.

Vamos dormir por aqui. Nós e uns 50 amigos caminhoneiros!

Amanhã tem mais…

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