Dia 11 - Fiambalá: Termas e dunas

Depois de uma noite tranquila, apesar de o camping estar lotado (quatro carros já ocupam todo o espaço!), acordamos e preparamos o café: leite, torradas com manteiga, ovos cozidos (porque os ovos mexidos sempre grudam na panela!) e ameixas. Aliás, temos comido muitas ameixas, nectarinas e peras por aqui, sempre doces e deliciosas!

Deixamos o camping por volta das 9h e seguimos até o centro da pequena cidade. Fizemos uma parada no escritório de turismo, na praça principal, para comprar os ingressos para as famosas Termas de Fiambalá. O ingresso custou R$80,00 por pessoa.

Escolhemos o horário das 8h às 13h, mas há outras opções disponíveis: das 14h às 19h e das 20h à meia-noite.

Após percorrermos 17 km de estrada asfaltada, chegamos às termas. O lugar é lindo, um verdadeiro oásis no meio do deserto. É cercado por oliveiras que oferecem sombra agradável aos banhistas, com uma vista espetacular do deserto ao fundo. As piscinas de águas termais, que possuem propriedades terapêuticas, variam de 30°C a 45°C. Experimentamos todas, das mais quentes às mais mornas.

Depois do banho, almoçamos no restaurante das termas: empanadas e cerveja. Durante o almoço, um garçom puxou papo com o Mô e ficou bastante tempo conversando sobre a situação da população local e a mineradora que se instalou em Fiambalá. Parece que os moradores não estão muito felizes com a situação.




Deixamos o lugar às 13h e seguimos então para Taton, que fica a 60 km, passando pela dunas de Frederico Kirbus, as dunas de Sauji, por Medanitos, o Cristo de La Fé (uma grande estátua de Cristo Redentor no alto da montanha) e por fim as dunas de Taton. O contraste entre o deserto árido e o céu azul cria uma paisagem impressionante.

No caminho, em Medanitos, o Google nos indicou um trajeto onde deveríamos atravessar o rio . O caminho estava bem marcado, e, a princípio, o rio parecia raso. Para ter certeza, caminhei até o outro lado onde passaríamos. Mas o rio não era tão raso assim... Minhas pernas afundaram até os joelhos, e eu ainda nem havia terminado a travessia!

Voltei e desistimos. Devia haver outro caminho. Retornamos um pouco na estrada, e o Google recalculou... E não é que uma ponte novinha apareceu ali, a poucos metros? Foi por lá que passamos. Ufa!


O rio com as dunas ao fundo...

Chegamos a Taton, um lugarejo com apenas 400 habitantes, localizado no coração de uma região árida e montanhosa. O local é considerado um "portal" que conecta os visitantes às impressionantes dunas e montanhas de Fiambalá e suas redondezas. É um lugar que parece ter saído de um cenário de filme, com vastas extensões de areia e formações rochosas que cortam o horizonte.

Os moradores de Taton se dedicam ao cultivo de azeitonas e uvas, com plantações irrigadas por canais de água de degelo. Embora isolados, os habitantes têm se beneficiado do turismo de aventura, com atividades como trekking, observação de estrelas e passeios pelas dunas.

Nos hospedamos no Camping Don Rito, um verdadeiro oásis verde, cheio de árvores e com um gramado bonito, um lugar tranquilo em meio à natureza. O custo do camping? Apenas R$25,00. Conhecemos o proprietário, que herdou o local do pai e manteve seu legado. Os irmãos dele seguiram para outras regiões do país. 

Nem montamos a camper e seguimos para ver a duna e o rio. Ficamos por uma hora nos banhando e apreciando a paisagem.

Retornando ao camping, lavei roupa, pois nem tudo é só glamour. O Mo montou a camper e eu preparei o jantar: carne com legumes.


O rio...

A duna...




Agora estamos aqui, curtindo o "fim do mundo", um lugar incrivelmente belo no meio do deserto.

Amanhã tem mais!

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