Dia 16 - Villa Cerro Castillo - Puerto Rio Tranquilo

Hoje acordamos cedo para a trilha da Laguna Cerro Castillo. O dia amanheceu chuvoso e os termômetros marcavam 7 graus.

Vestimos as roupas adequadas para a caminhada, preparamos lanches de presunto e queijo, batata chips e ameixas. Pegamos o carro e seguimos por 5 km até o início da trilha.

Como o lugar é uma propriedade privada, há uma entrada no valor de CLP18.000 por pessoa, mais ou menos R$100.

Chegando a "bilheteria" os atendentes avisaram que devido à chuva, provavelmente não teríamos qualquer visão do castelo ou da lagoa.

Ficamos um tempo olhando um para o outro e pensando se iríamos encarar a trilha, de seis horas de duração, debaixo de chuva, para no final não conseguir ver nada.

Desistimos. Já sabemos que na Patagônia é assim. Nem sempre é possível seguir a risca todo o itinerário pré determinado.

Resolvemos então voltar para a cabana, pegar as coisas e seguir viagem para Puerto Tranquilo.

Pegamos a estrada e após 30 km de asfalto chegou o rípio. A estrada está em obras e o rípio muito ruim. Fizemos algumas paradas para fotografar, porém a chuva não ajudou muito.

Chegamos a Puerto Tranquilo perto da 3 da tarde. Cruzamos as 3 ou 4 ruas da cidade procurando uma pousada. Encontramos uma cabana simples e arrumadinha por 50.000 pesos e lá mesmo nos acomodamos. A proprietária da Cabana Pia tem um restaurante de mesmo nome, em frente ao Lago General Carrera, na costaneira, a rua principal deste lugar.

Estamos adorando essa liberdade de ficar ou não, seguir ou não, sem qualquer compromisso com datas e pousadas. Na Patagônia que tem um tempo instável, isso faz uma diferença incrível.

Depois de nos acomodar na cabana, fomos para a costaneira almoçar. Pra variar um pouquinho: ceviche, lomo, batatas. Como se come batatas por aqui!!!

Por todo lugar que passamos tem muito turista. Europeus, sul americanos, principalmente. Muitos brasileiros. Muitos mesmo! De carro, moto, trailer. Impressionante. Hoje cruzamos, neste trecho difícil de rípio, com um casal de moto, vindos diretamente da Mooca, São Paulo e conversamos com um casal brasileiro, aposentado, que está a sete meses na estrada, dentro do trailer, acompanhados de dois cachorros imensos.

Ainda chovendo e muito frio, nos recolhemos a cabana para trabalhar um pouquinho e escrever o blog. Amanhã tem passeio por aqui.