Caminho da fé - Etapa 3

by - outubro 07, 2019

Pegamos novamente o ônibus para Estiva, uma pequena cidade ao lado da Fernão Dias.
Chegamos a noite e o ônibus nos deixou numa passarela da estrada. Atravessamos a passarela e fomos caminhando até a Pousada Serra Azul.
Os quartos novos e limpos foram uma alegria. Pedimos um lanche por telefone que chegou delicioso e quentinho. Essa foi nossa janta para nos prepararmos para o último trecho de nosso caminho.
Passarela da Fernão Dias
Altimetria
Dia 7 - Estiva - Consolação - 19 km
Nosso dia começa ensolarado.
Após deixarmos a pousada atravessamos novamente a passarela da Fernão Dias e iniciamos nosso caminho.
Junto a estrada encontramos um ônibus repleto de torcedores da Mancha Verde. O diretor da escola de samba, Paulo Serdan, ex diretor da Mancha, coordenava a excursão pelo caminho da Fé.
Cerca de trinta pessoas, a maioria homens, caminhavam acompanhados de carro de apoio, com comida e água. Nunca tinha visto tanta tatuagem do símbolo do Palmeiras!
Eles nos acompanharam por toda manha, oferecendo água e lanches, principalmente depois que o Mô mostrou sua carteirinha de sócio torcedor!
Nos separamos depois do almoço. Ficamos em Consolação e eles avançam para Paraisópolis.
Vista da cidade

Pousada Serra Azul

Carro de apoio dos palmeirenses



Capela de oração para os peregrinos
Chegamos em Consolação perto das 14 h. na Pousada e restaurante O Casarão  fizemos nosso almoço e ficamos hospedados.
Neste mesmo lugar nos despedimos dos peregrinos palmeirenses que deixaram o local debaixo de uma tempestade. 
Graças a Deus já estávamos fazendo a cesta, debaixo das cobertas quando o temporal caiu sem trégua.
Despedida dos peregrinos palmeirenses.
Acordamos para jantar. Na mesma pousada conhecemos outros peregrinos que nos acompanharam até a Catedral de Nossa Senhora Aparecida.

Dia 8 - Consolação - Paraisópolis - 21 km
Deixamos Consolação. O dia amanheceu fresco, sem chuva e foi um alívio. Num sobe desce infinito, íngreme e duro chegamos a Paraisópolis, enfiada no meio de um vale.
 




Mesmo de muito, muito longe, ainda avistávamos a igreja de Consolação 

Reservatório de banana para peregrinos


Dia 9 - Paraisópolis - Luminosa - 25 km
De Paraisópolis seguimos para a temida serra da Luminosa, a 1073 metros de altitude.
Esta não é a maior altitude do caminho, mas é a mais íngreme. Tanto que decidimos percorrer os primeiros 7 km no dia de hoje e os outros 14 km amanhã. São quase 20 km de subida íngreme.
Voluntárias que passam de carro pelo caminho oferecendo lanches e água

Sapos esmagados por todo o caminho. Lá se foi um príncipe 
Chegada à Luminosa:

Luminosa
Depois de passarmos por Luminosa, avançamos mais alguns quilómetros até a  Pousada a Dona Inês, muito, muito simples, mas estrategicamente instalada no início da subida mais íngreme do caminho.
Cheguei exausta ao local, querendo somente um banho.  E não é que a água acaba?
Saí de toalha mesmo procurando outro banheiro para terminar o banho.
Jantamos no local: arroz, feijão, alface e polenta com um molhinho de carne. Comida saborosa e suficiente para encher a barriga.
Vista da Pousada da Dona Inês

Pousada da Dona Inês
Dia 10 - Luminosa - Campos do Jordão - 35 km
Não falei, mas integramos um grupo desde Consolação, na Pousada O Casarão.
Alguns se encontraram pelo caminho, outros em outros caminhos, mas todos pretendiam chegar juntos ao fim desta jornada.
Grupo do Caminho da Fé

Vista da Dona Inês
Saímos junto da Dona Inês para enfrentar a subida da Luminosa. Cada um no seu ritmo. Era hora de agradecimentos e orações. 






Um dos trechos mais bonitos do caminho



Na subida para Campos do Jordão chegamos a 1750 metros de altitude.

Terminada a subida, chegamos no asfalto.

Neste ponto o caminho se divide, ou vamos por Pindamonhangaba, estrada das Pedrinhas ou vamos por Guaratinguetá.
Escolhemos o mais bonito: estrada das pedrinhas.
Aqui o caminho se divide: ou vai por Guaratinguetá, ou pela estrada das Pedrinhas.
Chegamos a Campos do Jordão e atravessamos todo o centro, de Vila Iara ao Capivari onde ficamos hospedados na Pousada Primavera, bem agradável.
Deixamos nossas bagagens e fomos almoço-jantar no restaurante português Empório Vila Chã. A primeira comida maravilhosa em muitos dias de caminhada. 
Depois nos encontramos com os outros peregrinos, no centro de Capivari, para um brinde de despedida. O caminho estava chegando ao fim.



Dia 11 - Campos do Jordão - Pindamonhangaba - 40 km

Logo cedo pegamos um ônibus onde percorremos 15 km até a entrada do Horto Florestal. Esse caminho é estreito e não tem acostamento para pedestres ou carros. Foi a opção mais segura até o início da estrada das Pedrinhas. 
Depois de uma subida íngreme do dia anterior, a descida acidentada nos aguardava. Sem dúvida a descida mais linda do caminho, com uma vista de parar o trânsito. 









Chegamos a Pousada Monte Verde. Um lugar simples, com chalés junto ao riacho.
Um restaurante agradável e delicioso. Passamos o resto da tarde reunidos com o grupo, tomando cerveja e jogando conversa fora.
A noite uma linda lua apareceu para iluminar a noite. 





Dia 12 - Pindamonhangaba - Aparecida do Norte - 20 km

Último dia de caminhada. Esse percurso não tem atrativos  e o calor batendo no asfalto queima até o cérebro. Embora não haja subidas e descidas é o calor que destrói as energias que são recuperadas quando fomos decepcionados por voluntários que cantam, nos abraçam, oferecem frutas e água.
Um gesto emocionante.



 O asfalto para Aparecida é duro. Mas a chegada compensa o esforço.





Olha quem veio nos recepcionar!
Nosso certificado

Fim da dura jornada. Disse que não repito. Mas não sei não. O caminho

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