Dia 33 - Bayona

Terminada oficialmente a peregrinação, estamos de férias. Poucos dias para descansar e fazer nada.
Deixamos Santiago, uma cidade feita para turistas, com lojinhas, bares, restaurantes e toda estrutura para nos receber e seguimos para Bayona, a 30 km de Portugal. 
Durante nossa estada em Santiago ficamos hospedados no albergue Seminário Menor La Asuncion que é um prédio belíssimo situado no alto da cidade e nos presenteava todos os dias com um por do sol lindo.
Tem quartos individuais e coletivos e preço para turista: 14 euros. Também permite que os peregrinos fiquem mais de uma noite, desde que entrem nos quartos depois das 13 h e saiam antes das 9:30 h.
No local não há beliches, só camas e os chuveiros e banheiros são unissex. Possui uma enorme cozinha equipada e lavanderia. 
Só tivemos um contratempo: demos o azar de ter em nosso quarto um peregrino roncador primeira linha. O cara era profissional. Inacreditável. Nem com fone de ouvido!
Para driblar o problema (já era meia noite quando fomos dormir) mudamos discretamente de quarto.
O Mô foi procurar, com a lanterna do celular na mão,  dois lugares vagos nos outros quartos do andar. E graças a Deus achou!
Mudamos sorrateiramente, como dois bandidos agindo na madrugada. 

Hoje deixamos a noite tranquila do albergue para trás, levantamos, juntamos nossas coisas, tomamos um rápido café e fomos caminhando até a rodoviária que ficava a uma distancia de uns 2 km (muiiiito perto!)

(Antes de deixar o albergue devolvi as papetes que Santiago me presenteou e que foram usadas desde então. Deixei um bilhete em inglês dizendo que estas papetes foram recebidas de presente e agora estava devolvendo a quem precisasse).

Na rodoviária compramos as passagem para Vigo e lá chegando pegamos outro ônibus para Bayona, um intermunicipal que lotou a medida que avançava na cidade. O ônibus tinha capacidade para 80 pessoas mas acho que chegou a 120. Velhos e jovens em pé! Parecia Brasil!
A medida que as praias se aproximavam as pessoas iam descendo. Graças a Deus!
Descemos quase no ponto final, na praia Arribeira e saímos procurando uma hospedagem. Passamos em 4 hotéis que não tinham vaga até conseguir nos registrar no que estamos hospedados.
Hoje é dia se São João e a Galícia está em festa.
Muitas pessoas vem para a praia pular a fogueira e comer sardinha assada na brasa.
O sol, as férias escolares e a festa lotaram a cidade. A praia está repleta de gente que toma sol até as 10 da noite!
Aqui, para minha surpresa, o topless é comum! Mulheres velhas e jovens, gordas e magras tomam sol, conversam e brincam com seus filhos sem a parte de cima do biquini.

Passeamos pelas prainhas da orla, caminhamos no entorno do forte, experimentamos colocar os pezinhos na água gelada do mar e no final da tarde fizemos uma pausa para descanso.
Voltamos para praia as 23 h para a festa. Música, famílias e sardinha na brasa.
A fogueira foi acesa a meia noite e nosso dia terminou aí.



Comentários

  1. Re e Môises bom dia,

    Acompanhei quase que diariamente os post de vcs. Ao longo deste acompanhamento, fiquei torcendo para que tudo desse certo, percebi a força deste casal e a importância da experiência vivenciada, achei fantástico.
    Recordo-me que nos dias que anteciparam a caminhada até duvidei que seria concluída, o que mais me deixa feliz com a determinação de vcs.

    Quero deixar aqui registrado que a descrição de vcs do dia a dia do percurso, em especial da Re, foi encantadora, detalhes que mais parecem um filme pré programado e que demonstram claramente a grandiosidade do ser humano e união que um casal pode ter. Vcs dois tornaram-se exemplos para nós.

    Bjs, bom descanso e nos vemos na volta

    Sergio e Renata.

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    Respostas
    1. Obrigado amigos. Em breve estaremos juntos pra contar pessoalmente como foi essa experiência única na nossa vida!! Beijos

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