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Estamos deixando a Patagônia.
O lugar parece mágico e atrai gente do mundo todo com os mais diversos interesses.
Jovens mochileiros, com sua bagagem imensa nas costas, pouco dinheiro e muita vontade de conhecer o mundo; trekkings; ciclistas que vem desafiar o vento; escaladores amadores e profissionais; famílias inteiras que vem desfrutar das belezas naturais, dos rios, lagos e montanhas; mototuristas que fazem um pouco disso tudo e motociclistas que curtem as estradas e querem carimbar seu passaporte no fim del mundo!
O Ushuaia em si não é uma cidade bonita. Mas está inserido num vale incrivelmente belo.
Passamos por povoados muito modestos, vilas de uma rua e cidades graciosas como El Calafate, El Chalten e Los Antíguos.
Vimos guanacos, corderos, coelhos, emas, loros, condor e inúmeras espécies de aves que cruzaram o tempo todo na nossa frente.
Conhecemos uma Argentina indígena que não imáginávamos existir nessa proporção.
Enfim, como disse nosso querido Amyr, tem que vir ver com os próprios olhos para fazer o seu próprio juízo.
Bom, depois dessa pequena reflexão, vamos para o caminho de hoje.
Deixamos Los Antiguos e percorremos 50 km margeando o lago Buenos Aires até retornarmos a cidade de Perito Moreno.
De lá continuamos na Ruta 40, num trecho de uns 80 km, recém asfaltado, cheio de curvas (lembramos das speeds) e completamente vazio.
Terminado este trecho caímos na estrada em obras.
Foram 40 Km no rípio mais duro de toda viagem. Tentamos desviar pela nova estrada em construção, mas aí complicou. Era terra e areia.
Eu tive que descer da moto e caminhar até que o Mô conseguisse sair daquela encrenca.
O rípio era compacto, mas com pedras muito grandes que faziam a moto dançar de um lado pro outro. Quanto mais devagar íamos, pior ficava.
Em muitos momentos eu quis descer e ir caminhando!
Encontramos um motociclista no caminho contrário, um Argentino bonachão que recomendou "despacio".
Quando pensávamos que o pior já havia passado, a uns 3 km da cidade de Rio Mayo começou um declive acentuado com curvas fechadas. Aí que eu quis descer mesmo, mas o Mô não deixou.
Terminamos o percurso intactos. Mas fiquei com dó de um casal que iniciava o trecho contrário!
Esse negócio de rípio é muito particular. Encontramos três argentinos (um deles estava com uma BMW RT) que estavam percorrendo a Argentina e Chile somente no rípio numa média de 80 e 90 km/h, sem roupas de proteção. Os caras curtem e devem saber conduzir nestas condições.
Mas o Mô sempre diz: - A mi no me gusta!
Terminado o rípio caímos numa estrada de asfalto ruim, com remendos, ondulações e alguns buracos.
O movimento a partir deste trecho foi aumentando gradativamente.
Fizemos duas paradas para abastecer e na primeira, em Gobernador Costa, encontramos três Mexicanos que estavam conduzindo suas motos desde Cartagena, na Colômbia, até o Ushuaia.
Na segunda parada, em Esquel, encontramos quatro motociclistas paulistas, três com as respectivas garupas, que estavam conduzindo suas motos desde Rio Gallegos. As motos serão despachadas de volta em Bariloche. (O Mô ficou indignado. Tanto trabalho pra tão pouco!)
Mas cada um que curta a sua maneira!
A uns 180 km de Bariloche começa uma estrada linda. Muitas curvas, muito verde, vales, lagos e montanhas.
Mas aí também o trânsito complica.
Chegamos em Bariloche perto das nove da noite.
O Mô foi num YPF, despejar o galão de gasolina no tanque e abastecer (desistiu por conta da fila) e eu fui a um locutório escolher no Booking.com um hotel para passarmos duas noites.
Voltei com a reserva impressa e seguimos para o Alpenglow Hotel (um ótimo hotel mas numa rua barulhenta).
Jantamos uma deliciosa parrilla no Jauja e agora vamos dormir.
Amanhã passearemos pela cidade.
Bjs
- Ushuaia
O lugar parece mágico e atrai gente do mundo todo com os mais diversos interesses.
Jovens mochileiros, com sua bagagem imensa nas costas, pouco dinheiro e muita vontade de conhecer o mundo; trekkings; ciclistas que vem desafiar o vento; escaladores amadores e profissionais; famílias inteiras que vem desfrutar das belezas naturais, dos rios, lagos e montanhas; mototuristas que fazem um pouco disso tudo e motociclistas que curtem as estradas e querem carimbar seu passaporte no fim del mundo!
O Ushuaia em si não é uma cidade bonita. Mas está inserido num vale incrivelmente belo.
Passamos por povoados muito modestos, vilas de uma rua e cidades graciosas como El Calafate, El Chalten e Los Antíguos.
Vimos guanacos, corderos, coelhos, emas, loros, condor e inúmeras espécies de aves que cruzaram o tempo todo na nossa frente.
Conhecemos uma Argentina indígena que não imáginávamos existir nessa proporção.
Enfim, como disse nosso querido Amyr, tem que vir ver com os próprios olhos para fazer o seu próprio juízo.
Bom, depois dessa pequena reflexão, vamos para o caminho de hoje.
Deixamos Los Antiguos e percorremos 50 km margeando o lago Buenos Aires até retornarmos a cidade de Perito Moreno.
De lá continuamos na Ruta 40, num trecho de uns 80 km, recém asfaltado, cheio de curvas (lembramos das speeds) e completamente vazio.
Terminado este trecho caímos na estrada em obras.
Foram 40 Km no rípio mais duro de toda viagem. Tentamos desviar pela nova estrada em construção, mas aí complicou. Era terra e areia.
Eu tive que descer da moto e caminhar até que o Mô conseguisse sair daquela encrenca.
O rípio era compacto, mas com pedras muito grandes que faziam a moto dançar de um lado pro outro. Quanto mais devagar íamos, pior ficava.
Em muitos momentos eu quis descer e ir caminhando!
Encontramos um motociclista no caminho contrário, um Argentino bonachão que recomendou "despacio".
Quando pensávamos que o pior já havia passado, a uns 3 km da cidade de Rio Mayo começou um declive acentuado com curvas fechadas. Aí que eu quis descer mesmo, mas o Mô não deixou.
Terminamos o percurso intactos. Mas fiquei com dó de um casal que iniciava o trecho contrário!
Esse negócio de rípio é muito particular. Encontramos três argentinos (um deles estava com uma BMW RT) que estavam percorrendo a Argentina e Chile somente no rípio numa média de 80 e 90 km/h, sem roupas de proteção. Os caras curtem e devem saber conduzir nestas condições.
Mas o Mô sempre diz: - A mi no me gusta!
Terminado o rípio caímos numa estrada de asfalto ruim, com remendos, ondulações e alguns buracos.
O movimento a partir deste trecho foi aumentando gradativamente.
Fizemos duas paradas para abastecer e na primeira, em Gobernador Costa, encontramos três Mexicanos que estavam conduzindo suas motos desde Cartagena, na Colômbia, até o Ushuaia.
Na segunda parada, em Esquel, encontramos quatro motociclistas paulistas, três com as respectivas garupas, que estavam conduzindo suas motos desde Rio Gallegos. As motos serão despachadas de volta em Bariloche. (O Mô ficou indignado. Tanto trabalho pra tão pouco!)
Mas cada um que curta a sua maneira!
A uns 180 km de Bariloche começa uma estrada linda. Muitas curvas, muito verde, vales, lagos e montanhas.
Mas aí também o trânsito complica.
Chegamos em Bariloche perto das nove da noite.
O Mô foi num YPF, despejar o galão de gasolina no tanque e abastecer (desistiu por conta da fila) e eu fui a um locutório escolher no Booking.com um hotel para passarmos duas noites.
Voltei com a reserva impressa e seguimos para o Alpenglow Hotel (um ótimo hotel mas numa rua barulhenta).
Jantamos uma deliciosa parrilla no Jauja e agora vamos dormir.
Amanhã passearemos pela cidade.
Bjs
Hospedagem:
Hotel: Alpenglow
Valor da diária: AR$688,00
Garagem: não tem
Distância percorrida: 865 KmValor da diária: AR$688,00
Garagem: não tem
3 comentários
Oi Moisés,oi Renata,queria dizer que estou seguindo vcs desde o começo da aventura,porem estava com dificuldades de enviar mensagens.
ResponderExcluirParabéns pela viajem,está dando tudo certinho,e percebo que vcs estão curtindo muito.
Gostei da lembrança que fizeram em La Pataia escrevendo meu nome,espero que fique lá até outubro quando estarei por aquelas bandas.
Abraços a vcs e continuem tendo uma viajem maravilhosa.
Obs:eu disse para vcs levarem um litro de óleo para reposição num disse!?
En Neuquem existe um museo da pré-história que dizem ser imperdível;enquanto a moto faz a revisão,façam esta visita.
Novamente abraços meus e da Patty.
Passando aqui pra confirmar a participação!
ResponderExcluirEssa barba ta demais!
Beijos
Lulão.
Os relatos de vocês são emocionantes!!! Parto de Belo Horizonte com um amigo e encontro minha esposa em Buenos Aires no começo de fevereiro para um passeio semelhante.
ResponderExcluirParabéns!!!!!!
Por favor, continuem dando detalhes de restaurantes, hotéis , postos de gasolina, etc.
Boa viagem!
Asa: Francisco.