Saímos de São Paulo perto das 7 da manhã.
Tínhamos algumas opções de caminho: seguir de carro pela Rio-Santos descendo a Osvaldo Cruz ou Tamoios; seguir pela Cunha-Paraty, uma estrada cenográfica, histórica e muito lenta; ou pegar o caminho tradicional, pela Dutra.
Preferimos o caminho tradicional.
Passamos por Pindamonhangaba, Aparecida, Cruzeiro, Resende, Volta Redonda, por pequenas cidades até chegar na serrinha de Lídice, com traçado antiquado e repleto de curvas. Mas também com belas paisagens.
Chegamos a Angra já era uma da tarde. Paramos para um almoço rápido num pequeno restaurante junto ao porto, de onde saem as embarcações com destino a Ilha Grande.
O carro? Depois de várias abordagens por autointitulados "guias de turismo", deixamos num estacionamento próximo ao porto, definido antes mesmo da viagem começar.
Para a travessia de Angra a Ilha Grande, temos duas embarcações oficiais: uma rápida, com lancha, a custo de R$100,00 por pessoa e outra lenta, uma embarcação maior, onde cabem cerca de quarenta pessoas, a custo de R$18,00 por pessoa.
Na lancha rápida a travessia demora cerca de meia hora. No barco a travessia é de 1 hora e meia.
No local há outras opções clandestinas. Mas não achamos muito confiáveis.
Pegamos a lancha rápida às 15h e desembarcamos no porto de Ilha Grande, na praia do Abraão, perto as 15:30h.
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Serra de Lídice |
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Porto em Angra dos Reis |
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Porto em Angra dos Reis |
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Embarcando... |
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Lancha Rápida |
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Lancha rápida |
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Chegada em Ilha Grande - Praia do Abraão |
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Chegada na Praia do Abraão |
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Vila do Abraão |
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Mapa das trilhas |
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Vila do Abraão |
Com as mochilas nas costas, resolvemos dar uma voltinha no centro, passando pelos restaurantes até encontrarmos uma trilha. Caminhamos por cerca de 1 km até a Praia Preta, pequena e de areia preta, o que certamente justifica seu nome. Lá nos deparamos com as ruínas de um antigo presídio, as Ruínas do Lazareto.
O Lazareto foi construído em 1871 para receber passageiros enfermos que chegavam ao Brasil vindos de outros países, onde funcionou como hospital de quarentena até 1913, quando foi totalmente desativado. Com a Revolução Constitucionalista em São Paulo em 1932, Getúlio Vargas reabre o Lazareto que volta a funcionar como presídio.
Em 1954 foi construído um novo presídio em Dois Rios, e os presos foram transferidos. O então governador Carlos Lacerda mandou demolir o Lazareto com tiros de canhão.
No local ainda restam algumas ruínas do subsolo, as solitárias do presídio, que na época eram terrivelmente quentes, úmidas e insalubres.
Depois deste pequeno tour, retornamos à vila e seguimos para a nossa pousada, a Aquarela do Mar, no canto da praia do Abraão.
Perambulamos um pouco, chegando até a Praia da Júlia, e não achamos o lugar. Perguntando a moradores descobrimos que a pousada ficava numa pequena rua, uma servidão, numa subida íngreme. Na pousada simples, de propriedade de um francês, fomos bem atendidos. No quarto pequeno tivemos um único problema com o ar condicionado, muito antigo, que parecia a turbina de um avião.
Deixamos nossas coisas, tomamos um banho e seguimos para jantar no melhor restaurante da ilha, o Lua e Mar, com 30 anos de existência. Os pratos eram ótimos. Pedimos pastel de queijo que estava muito crocante e bem recheado. Depois uma moqueca de abadejo sensacional. O som do simpático cantor argentino e a vista do mar completaram a noite.
Ao nosso lado estava um grupo de franceses, umas 20 pessoas, todas de branco, fazendo uma ceia completa, com entrada, prato principal, sobremesa e bebidas. Um verdadeiro banquete. É impressionante o número de estrangeiros que frequentam a ilha.
Depois do jantar voltamos para a pousada, um merecido descanso.
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Chegada a Praia do Abraão |
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