O primeiro dia de caminhada a gente nunca esquece!
Dia para odiar e não voltar nunca mais ou dia para dizer: consegui!
Escolhemos o consegui... A duras, muiiitoo duras penas!
Saímos do hotel onde estávamos hospedados, deixamos a chave do quarto na caixinha e fomos até a oficina dos peregrinos carimbar a nossa credencial.
A poucos metros dali havia uma venda que fazia sanduíches e servia café. Comemos, nos abastecemos de um sanduíche extra e iniciamos o caminho junto aos Pirineus (um conjunto de montanhas que fica na divisa da França com a Espanha).
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Oficina dos Peregrinos |
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Pegando a nossa credencial de peregrino |
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Início da caminhada |
No começo pareceu fácil. O dia ensolarado e a visão dos pastos convidava a um caminho bem tranquilo. Mas a medida que avançávamos, as subidas ficavam mais íngremes e o caminho tranquilo ficou bem duro.
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Nosso caminho |
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Encontrando com os outros peregrinos |
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Subida bem dura! |
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A vista contemplativa |
Chegamos ao refúgio Orisson onde inicialmente, haveria uma parada e retomaríamos a subida somente no dia seguinte. Com as mudanças de planos ocorridas em razão do cancelamento do nosso voo, perdemos esse pernoite. A parada foi somente para tomar um lanche e descansar um pouco. Já havíamos percorrido 8 km.
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Refugio Orisson |
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Refúgio Orisson |
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Refúgio Orisson |
Depois do descanso seguimos por mais subidas. As curvas e subidas pareciam intermináveis.
Demoramos mais de 6 horas para subir 1300 metros. Saímos de uma altitude de 165 metros e chegamos a 1430. E quando achávamos que a descida ia ajudar... Uma pirambeira com muita pedra e duas horas de duração. Sério! Não sei o que foi pior...
Apesar da dura travessia a paisagem é incrível. Subimos até poder ver o topo das montanhas e vales. Descemos no meio de bosques com um céu azul.
Mais incrível mesmo era ver aquela fila de peregrinos, em sua maioria com mais de 40 ou 50 anos, passo a passo, subindo pela encosta da montanha.
Nos sentíamos pertencendo a um grupo, mesmo sem trocar uma palavra, nos cumprimentávamos desejando “buen camino”. A maioria dos peregrinos é de origem européia e conversam em inglês. A nós, pobres brasileiros semianalfabetos nessa língua, resta balançar a cabeça em assentimento ou tentar uma mistura de português, espanhol e inglês.
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Placas indicativas por todo o caminho |
Terminamos a jornada em Roncesvales, já na Espanha, a 900 m de altitude.
Desde a idade média esta vila tem servido de descanso para peregrinos que percorrem o Caminho de Santiago uma vez que é o primeiro local após cruzar os Pireneus Franceses.
Estamos hospedados num albergue fundado em 1127 pelo bispo de Pamplona. Tudo muito bem organizado e limpo, com banho quente, jantar e café da manhã. Os beliches ficam dispostos de quatro em quatro e há vestiários feminino e masculino. Acho que cabem mais de 200 peregrinos por aqui. É impressionante!
Enquanto aguardávamos dar o horário da janta, fomos tomar um solzinho no bar localizado ao lado do albergue e depois assistimos a missa dos peregrinos na capela local.
Às vinte horas abriu o jantar: sopa ou macarrão, peixe ou frango.
O valor total da estadia ficou 51 euros para duas pessoas.
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Albergue de Roncesvales |
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Albergue de Roncesvales |
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Restaurante anexo ao albergue |
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Complexo do albergue de Roncesvales |
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Sapateira do albergue |
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Beliches |
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