Dia 15 - Encontro de Palmeirenses

Hoje acordamos já eram quase 11h. O Mo foi até a recepção do hotel confirmar se podíamos mesmo ficar até o meio-dia. A recepcionista, mal-educada e grosseira, respondeu que não, que precisávamos sair imediatamente. Juntamos tudo às pressas.

O hotel Qualit, próximo ao aeroporto, nos atraiu pela localização e preço, 90 dólares, mas já tinha uma nota baixa no Booking: 6. Mesmo assim, optamos por ele pela conveniência de estar perto do aeroporto — o que nem era tão verdade assim. Ficava a uns 5 quilômetros, com um carpete duvidoso e uma cama que, sinceramente, acho que tinha pulga. 

Deixamos o lugar e pegamos o transfer do hotel de volta para o aeroporto e de lá, um trem rumo ao centro da cidade. No centro, embarcamos em um ônibus que nos levou até o próximo hotel — este, no lado oposto da cidade, Philly Inn & Suites, com diária de 150 dólares, bem distante do aeroporto. Foi mais meia hora de deslocamento.
Os hotéis estão caríssimos nesta semana. Essa foi a opção mais em conta que encontramos.

Durante o trajeto de ônibus, ficou clara uma realidade: os Estados Unidos também têm desigualdades sociais marcantes. Passamos por bairros com casas conjugadas, muito simples, onde a maioria da população era islâmica, indianos ou negros. Ruas sujas, clima de periferia, mesmo estando a apenas 7 quilômetros do centro.

A Filadélfia tem uma grande população negra — quase 50% dos habitantes se identificam assim. Essa diversidade se mostra nas ruas, mas também escancara os contrastes sociais da cidade.

Chegamos ao hotel, que era todo colorido e meio psicodélico, com uma decoração que beirava o cafona. O atendente, com aparência indiana e nada simpático, informou de forma seca que o check-in só começava às 15h.

Sem muita alternativa, aceitamos. Guardamos as malas num escritório e nos sentamos por um tempo nas poltronas da recepção, aproveitando para verificar qual ônibus pegaríamos até o centro da cidade. Nesse meio-tempo, já era quase 14h30 quando o atendente finalmente disse que poderíamos fazer o check-in. Liberado o quarto, subimos, deixamos as coisas e seguimos direto para o supermercado, que ficava bem em frente ao hotel, para comprar o que precisávamos para o almoço.

Compramos o de sempre — depois anoto os preços aqui para registro. Voltamos para o quarto do hotel e almoçamos ali mesmo.

Depois do almoço seguimos para o ponto e pegamos o ônibus rumo ao centro. Erramos o primeiro, descemos três pontos depois, e só então embarcamos no ônibus certo. Meia hora depois, chegamos ao centro da cidade. O dia estava nublado e chuvoso, mas ainda assim conseguimos caminhar um pouco pelas ruas principais, que estavam bem movimentadas.

Um detalhe que nos chamou a atenção foi a quantidade de pessoas em situação de rua dormindo pelas calçadas.

Passamos pelo Reading Terminal Market, o mercado mais tradicional da Filadélfia, que funciona desde 1893. O lugar funciona num prédio bem antigo e tem muitas barracas de frutas, verduras, flores, bebidas e comidas de todo o tipo. Pena que já estava quase fechando — era quase 18h — então só conseguimos dar uma volta rápida. Certamente voltaremos!

De lá, seguimos até a loja da AT&T para resolver um problema com meu celular e na sequência fomos até um dos pontos mais icônicos da cidade: a escadaria do Museu de Arte da Filadélfia, eternizada pelo filme Rocky. Lá está a estátua de Rocky Balboa, com os braços erguidos em pose de vitória, um símbolo da superação que atrai fãs do mundo todo. 

Foi lá que os torcedores palmeirenses se reuniram para o pré-jogo. A garoa  fina não espantou a galera e o lugar virou uma festa: cantoria, batucada, bandeiras e muita energia verde. Foi um encontro contagiante.

Por volta das 21h pegamos o ônibus de volta para o hotel. 

Chegamos por volta das 22h e, entre resenhas e uma boa espiada nas redes sociais, o sono só veio perto da 1h da manhã.

  
Casinhas da “periferia”

Nosso hotel

Nosso hotel

Quarto do hotel









Mercado

Mercado

Mercado




Escadaria do museu

Festa Palmeirense





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