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Deixamos o Camping Municipal de Salta por volta das 9h da manhã, não sem antes nos despedirmos do simpático casal goiano, Sandro e Luara.
Fizemos uma parada no YPF para abastecer e tomar café e em seguida pegamos a estrada rumo a Cachi, debaixo de uma garoa fina.
A rota entre Salta e Cachi é considerada uma das mais bonitas da Argentina, atravessando as paisagens dos Valles Calchaquíes. São cerca de 160 km de percurso, metade asfaltado e metade de rípio (Ruta Provincial 33).
Esperávamos montanhas coloridas, cactos gigantes e mirantes naturais… Mas com a chuva e a neblina, não vimos absolutamente nada.
Apesar disso, a estrada estava em ótimas condições, mesmo no trecho de rípio, então seguimos tranquilos. Pudemos aproveitar a primeira parte do trajeto, a Quebrada de Escoipe, que serpenteia ao longo de um rio, com curvas suaves e muita vegetação.
À medida que subíamos, a visibilidade ia diminuindo. Saímos de 1.152 metros de altitude em Salta e alcançamos os 3.348 metros no Piedra del Molino, o ponto mais alto da viagem. Infelizmente, com a neblina densa, perdemos a vista da Cuesta del Obispo, um dos trechos mais icônicos da estrada, onde as curvas sinuosas oferecem uma vista panorâmica espetacular — quando o tempo colabora.
Ao começarmos a descer, as nuvens continuaram cobrindo tudo. Mas, passada a cuesta, o mundo se abriu novamente: o céu azul apareceu e, enfim, pudemos curtir a paisagem do Parque Nacional Los Cardones. A imensa planície é repleta de cactos gigantes, os cardones, que podem ultrapassar três metros de altura e levam séculos para crescer.
Seguimos viagem pela Recta del Tin Tin, uma estrada reta de 19 km, construída pelos povos indígenas e perfeitamente alinhada com o horizonte, cortando a paisagem árida do parque.
Chegamos a Cachi por volta das 16h, estacionamos o carro no “burburinho” e saímos em busca de um restaurante para almoçar. O vilarejo nos encantou de cara!
Localizada a 2.280 metros de altitude, Cachi é rodeada por montanhas coloridas e tem um charme colonial irresistível. Suas ruas são calçadas de pedra, as casas são brancas, de arquitetura colonial, e as portas de madeira remetem a tempos antigos. A cidade carrega forte influência dos povos indígenas Diaguitas e da colonização espanhola, o que se reflete tanto na arquitetura quanto na cultura local.
Para o almoço, escolhemos o Restaurante Mi Favorita, onde pedimos carne, salada e, empanadas.
Depois de comer, passeamos pela Plaza 9 de Julio, onde estão a Igreja de San José, uma construção do século XVIII e o mercado de artesanato.
Subimos no Mirador do Cemitério, de onde se tem uma vista panorâmica do vale e da cidade. De lá, também avistamos a vinícola da cidade, a Bodega Nueve Cumbres, que produz vinhos Torrontés, Malbec e a linha Abundia. A vinícola oferece visitas guiadas e degustações, permitindo aos visitantes conhecer todo o processo de produção dos vinhos.
Igreja de Cachi |
Praça principal Cachi |
Pimentões secando |
Vista de Cachi e vinhedos |
Vista de Cachi e vinhedos |
Após esse tour, seguimos para o Camping Municipal, localizado na parte alta da cidade. O local é bem estruturado, com chuveiros quentes, água, tomadas e até quartos para hospedagem. Há também uma grande piscina coberta, utilizada pela população local para aulas de natação.
Depois de montarmos a camper, fomos tomar banho e compartilhamos os chuveiros com a criançada que saía da aula de natação. Uma confusão!
Cheirosinhos, voltamos ao centro para um passeio noturno. A temperatura caiu bastante, então resolvemos entrar num restaurante para, num lugar quentinho, tomar cerveja e comer mais empanadas.
Voltamos ao camping por volta das 22h, prontos para descansar. Amanhã tem mais.
- Norte da Argentina
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