Dia 22 - Gobernador Gregóris - El Chaltén

 Hoje deixamos Gobernador Gregoris e pegamos a estrada para El Chaltén.

Antes de seguirmos nosso caminho fomos abastecer o carro, porém não havia chegado o diesel S10. 

Resolvemos então aguardar. Passamos no correio para sacar o dinheiro que havíamos depositado no cartão da Western Union. O engraçado é que o Mô só depositou R$1.000,00 para não correr o risco de não conseguir o saque. Mas não adiantou nada. Os R$1.000,00 correspondem a 60.000 pesos argentinos e o correio só estava disponibilizando 50.000 pesos. Parecia até piada. 

Desapontados, fomos ao supermercado para comprar algumas coisas para levar para o passeio de amanhã. 

Retornamos ao posto e a previsão é que não havia previsão para a chegada do diesel S10. Abastecemos com o diesel comum mesmo. Como ainda tinha 20 litros de S10 no carro, colocamos 10 litros de diesel comum. Com a mistura ficamos com autonomia de uns 350 km, que era o suficiente para chegar em El Chaltén. 

O interessante é que para colocar o diesel comum tivemos que usar o bico do tambor de diesel reserva. O bico da bomba do posto não encaixava no tanque do carro.

Vê se tem motociclista por aqui! Em todo canto. Em toda estrada.

Frentista esperta! Ela quem sugeriu encaixar o bico no tanque.

Pegamos a estrada com o dia lindo, ensolarado, com os termômetros marcando 20°. No caminho uma paisagem semi-desertica, e alguns bichos que pareciam "bambis".

No caminho também enfrentamos os 70 km “malditos” de rípio que percorridos de carro nem pareciam tão ruim assim!


Motociclista solitário enfrentando o rípio maldito

Grupo animado de motociclistas... Posaram para a foto!

E deram até chauzinho!

Depois de uns 200 km fizemos uma parada num lugarejo chamado Três Lagoas. Lá havia um posto mequetrefe com o S10. Enchemos o tanque. E ufa...Seguimos viagem tranquilos  até o destino final. 

Dá uma olhadinha nos adesivos no posto. O mundo já passou por aqui.

Muitos motorhomes no caminho...


Chegada a El Chaltén com a linda vista do Fitz Roy ao fundo

Logo na entrada da cidade fizemos uma rápida parada no centro de informações do Parque Nacional Los Glaciares para pegar o panfleto com as possibilidades de passeio.  

Chegando a El Chaltén nos deparamos com um dia lindo e uma cidade absolutamente lotada, principalmente de jovens estrangeiros,  além de excursões e famílias.  

Passamos por três pousadas consultando disponibilidade de quarto, mas todas estavam “full”.  Decidimos que era hora de estrearmos a barraca.

Paramos num primeiro camping e achamos meio estranho, parecia  um estacionamento, mesmo assim estava lotado. 

Passamos num segundo camping, muito grande e com uma estrutura bem bacana. Resolvemos ficar.
O camping El Relincho acomoda tranquilamente mais de 300 barracas, tem cozinha super bem montada, geladeira para os hóspedes, banheiros limpos e novos, chuveiro sensacional, quentinho e limpo. Muito bom mesmo. O lugar está lotado.

O valor da diária é 2500 pesos por pessoa e mais 500 pesos pelo estacionamento do carro. 

Arrumamos um canto para nossa barraca e começamos a montar. Fazia quarenta anos que o Mô não montava uma barraca. Ele disse que ia ser facinho. E eu acreditei...Depois de duas horas a barraca estava montada! 

Com tudo “arreglado” fomos jantar no restaurante e cervejaria Dom Gerra.  Lomo com batatas… kkk. O pior que estava realmente bom. 



Montando a barraca



Camping

Nosso jantar

Restaurante Dom Gerra

El Chaltén


Quando voltamos ao camping, perto das 10 da noite, o dia continuava claro. Eu tomei banho quentinho e me enfiei na barraca. Me aconcheguei com travesseiro, cobertor, sleep e fiquei aguardando o Mô que foi preparar nossos lanches para o passeio de amanhã. 

Uns argentinos que viajavam de moto, estavam com o som ligado ao lado da nossa barraca. Tentei abstrair. Não deu. Resolvi então falar com o sessentão para ele abaixar o som, porque amanhã acordaríamos “temprano”. Ele respondeu “no ablo español”. Depois deu um sorriso e desligou o som. Ufa!

Mas continuou conversando a noite toda, contando sua viagem pros amigos e para todos que tentavam dormir a sua volta. 

Perto da uma da manhã, ele “desligou” e aí o silêncio reinou no lugar.

 “Quem quer privacidade, que vá para um hotel”, palavras do sessentão motociclista!

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