Hoje deixamos Gobernador Gregoris e pegamos a estrada para El Chaltén.
Antes de seguirmos nosso caminho fomos abastecer o carro, porém não havia chegado o diesel S10.
Resolvemos então aguardar. Passamos no correio para sacar o dinheiro que havíamos depositado no cartão da Western Union. O engraçado é que o Mô só depositou R$1.000,00 para não correr o risco de não conseguir o saque. Mas não adiantou nada. Os R$1.000,00 correspondem a 60.000 pesos argentinos e o correio só estava disponibilizando 50.000 pesos. Parecia até piada.
Desapontados, fomos ao supermercado para comprar algumas coisas para levar para o passeio de amanhã.
Retornamos ao posto e a previsão é que não havia previsão para a chegada do diesel S10. Abastecemos com o diesel comum mesmo. Como ainda tinha 20 litros de S10 no carro, colocamos 10 litros de diesel comum. Com a mistura ficamos com autonomia de uns 350 km, que era o suficiente para chegar em El Chaltén.
O interessante é que para colocar o diesel comum tivemos que usar o bico do tambor de diesel reserva. O bico da bomba do posto não encaixava no tanque do carro.
Vê se tem motociclista por aqui! Em todo canto. Em toda estrada. |
Frentista esperta! Ela quem sugeriu encaixar o bico no tanque. |
Pegamos a estrada com o dia lindo, ensolarado, com os termômetros marcando 20°. No caminho uma paisagem semi-desertica, e alguns bichos que pareciam "bambis".
No caminho também enfrentamos os 70 km “malditos” de rípio que percorridos de carro nem pareciam tão ruim assim!
Motociclista solitário enfrentando o rípio maldito |
Grupo animado de motociclistas... Posaram para a foto! |
E deram até chauzinho! |
Depois de uns 200 km fizemos uma parada num lugarejo chamado Três Lagoas. Lá havia um posto mequetrefe com o S10. Enchemos o tanque. E ufa...Seguimos viagem tranquilos até o destino final.
Dá uma olhadinha nos adesivos no posto. O mundo já passou por aqui. |
Muitos motorhomes no caminho... |
Chegada a El Chaltén com a linda vista do Fitz Roy ao fundo |
Chegando a El Chaltén nos deparamos com um dia lindo e uma cidade absolutamente lotada, principalmente de jovens estrangeiros, além de excursões e famílias.
Passamos por três pousadas consultando disponibilidade de quarto, mas todas estavam “full”. Decidimos que era hora de estrearmos a barraca.
Paramos num primeiro camping e achamos meio estranho, parecia um estacionamento, mesmo assim estava lotado.
Passamos num segundo camping, muito grande e com uma estrutura bem bacana. Resolvemos ficar.
O camping El Relincho acomoda tranquilamente mais de 300 barracas, tem cozinha super bem montada, geladeira para os hóspedes, banheiros limpos e novos, chuveiro sensacional, quentinho e limpo. Muito bom mesmo. O lugar está lotado.
O valor da diária é 2500 pesos por pessoa e mais 500 pesos pelo estacionamento do carro.
Arrumamos um canto para nossa barraca e começamos a montar. Fazia quarenta anos que o Mô não montava uma barraca. Ele disse que ia ser facinho. E eu acreditei...Depois de duas horas a barraca estava montada!
Com tudo “arreglado” fomos jantar no restaurante e cervejaria Dom Gerra. Lomo com batatas… kkk. O pior que estava realmente bom.
Montando a barraca |
Camping |
Nosso jantar |
Restaurante Dom Gerra |
El Chaltén |
Quando voltamos ao camping, perto das 10 da noite, o dia continuava claro. Eu tomei banho quentinho e me enfiei na barraca. Me aconcheguei com travesseiro, cobertor, sleep e fiquei aguardando o Mô que foi preparar nossos lanches para o passeio de amanhã.
Uns argentinos que viajavam de moto, estavam com o som ligado ao lado da nossa barraca. Tentei abstrair. Não deu. Resolvi então falar com o sessentão para ele abaixar o som, porque amanhã acordaríamos “temprano”. Ele respondeu “no ablo español”. Depois deu um sorriso e desligou o som. Ufa!
Mas continuou conversando a noite toda, contando sua viagem pros amigos e para todos que tentavam dormir a sua volta.
Perto da uma da manhã, ele “desligou” e aí o silêncio reinou no lugar.
“Quem quer privacidade, que vá para um hotel”, palavras do sessentão motociclista!
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