Dia 21 - Conhecendo a Hidrelétrica de Paulo Afonso

Hoje completamos 6000 km percorridos nesta viagem, sendo 1.030 de terra.

Depois da rápida passagem por Petrolina pegamos BA210 e percorremos 370 km até chegarmos em Paulo Afonso. A estrada estava deserta, só cabra e bode cruzando o nosso caminho!

Logo no início da viagem fizemos uma parada rápida num posto de gasolina em Curaçá, com uma conveniência bem bacana, para tomar o café que a pousada não oferecia. Também por R$100,00 a diária não há milagre!
Chegamos ao receptivo da hidrelétrica às 11:30 da manhã. Nosso passeio, pré agendado, estava programado para as duas da tarde, mas como chegamos cedo negociamos a antecipação para o meio-dia.
Deu certo. Nosso guia Eduardo (Atend Tour - tel: 75 - 99143-6895)estava no local meio-dia em ponto.
Pegamos o carro e seguimos para a hidrelétrica. O lugar nem parece uma usina. Lembra um parque, ou melhor, é um parque com uma área reservada para a usina. O engenheiro que construiu o local adorava arquitetura. Ornamentou com aproveitamento de pedras e restos de material, como pedras e cascas de árvores, decorando minunciosamente paredes, grades de proteção e construindo um observatório com o formato da bomba atômica, tudo com o maior capricho, como se fosse a sua casa.

O passeio que se inicia no Núcleo de Atendimento ao Turista, passa pelo mirante de onde se pode observar o Cânion do Rio São Francisco, com seus paredões de até 90 metros de altura e após cruzar nove pontes, chega na Ilha do Urubu, em frente uma enorme cachoeira que só tem água em épocas de cheia do rio. O tour termina no Parque do Belvedere, também conhecido como jardim dos namorados. O lugar é bastante utilizado pelos moradores da cidade para realização de pique niques e lazer ao ar livre e namorar... É claro!

O nosso guia foi sensacional. Ele é o dono da agência de turismo que contratamos para o passeio e além de morador da cidade e professor, é de uma cultura de fazer inveja. Deu uma aula de história pra gente!

O curioso é que ficou indignado com o fato de termos pego a BA210. Ninguém pega essa estrada, disse indignado. É a estrada do novo cangaço... Muito assalto, cultivam maconha nas proximidades... Só a polícia federal trafega por lá... Enfim... Deu um grande susto na gente. Certamente não nos arriscaremos mais nesse trecho entre Petrolina e Paulo Afonso!

O engraçado é que o caminho alternativo aumentava o percurso em 100 km. Eduardo disse que é isso mesmo. O caminho é mais longo mais é mais seguro.

Nossa estrada

Ponte sobre o rio São Francisco

Estrada livre do "novo cangaço"

Plantações de coqueiros ao longo do São Francisco

Núcleo de Atendimento ao Turista

Entrada da Hidrelétrica de Paulo Afonso

Decorações da Hidrelétrica

Observatório em forma de bomba atômica desativado

Cânion do São Francisco

Bondinho que passa por cima do Cânion (desativado)

Vista da cachoeira que só aparece na cheia

Túnel que passa por baixo da água

Túnel

Parque do Belvedere

Nos despedimos e seguimos para Piranhas, a 70 km de Paulo Afonso.

Era quase 4 da tarde quando chegamos ao hotel Pedra do Sino que fica na parte alta da cidade.

Deixamos as coisas no quarto e descemos 330 degraus até o centro histórico.

O município de Piranhas fica a margem do rio São Francisco, em Alagoas, e ficou nacionalmente conhecido por conta do cangaço, com a morte de Lampião, pois sua cabeça ficou exposta no centro comercial da cidade. A cidade é reconhecida como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN.

Junto ao leito do rio encontramos diversos bares e restaurantes. Nos sentamos em um desses bares para apreciar a paisagem e tomar uma cervejinha.

Demos uma volta no pequeno centro histórico, que a meu ver, deveria estar mais bem conservado, e voltamos para o hotel para um delicioso banho de piscina seguido do jantar.

O hotel é muito agradável. Possui uma piscina infinito e uma área que dá vista para o São Francisco.

Amanhã faremos um passeio denominado Canyon do São Francisco.