Dia 16 - Conhecendo a Capadócia Brasileira - Piauí

Hoje continuamos nosso passeio pelas tocas e cânions da Serra da Capivara. O Parque tem 120 mil hectares e seria necessária uma vida para conhecer todos os seus recantos.  

Deixamos o hotel acompanhados do guia Rafael, recomendadíssimo, tanto pelo seu conhecimento como pela sua alegria e amor pelo local.

O dia começa ameno e foi esquentando... Esquentando... Depois de uma hora de caminhada já estávamos pingando. Essa região de caatinga do sertão do Piauí está inserida no semi-árido nordestino, ou seja, é seca em boa parte do ano. As chuvas que costumam cair de outubro a abril desaparecem nos outros meses. Embora estejamos no período das chuvas o calor é intenso e precisamos carregar muita água para hidratação durante a caminhada. 

Na parte da manhã visitamos as primeiras tocas descobertas pela arqueóloga Niède Guidon, uma brasileira de Jaú, interior de São Paulo, filha de franceses e responsável pela criação do parque. No alto dos seus 88 anos ainda luta para que o local se mantenha preservado e longe da especulação de empresários e políticos que preferem dar outro destino ao parque.  

Nessas cavernas (tocas) até as pedras estão ornamentadas com pinturas rupestres. Lá também foram encontradas urnas funerárias, com ossadas que datam de mais de 8.000 anos. Os restos mortais estão na Fundação Museu do Homem Americano que por conta da pandemia encontra-se fechada para visitação. Uma pena! 

 
Nosso guia Rafael



Jacurutu - a maior coruja das Américas

Depois de percorrer as tocas fomos almoçar na Cerâmica Serra da Capivara, o mesmo restaurante do dia anterior. Novamente a comida estava muito boa.

Terminado o almoço fomos conhecer a Capadócia Brasileira, os cânions Grotão da Esperança e Baixão das Andorinhas, com mirantes sensacionais.

Estas duas áreas ficam a 30 km de São Raimundo Nonato, a segunda maior cidade do Piauí,  a 430 km da capital Teresina.

Os enormes paredões de arenito esculpidos pelo vento, chegam a 100 metros de altura e têm mais de 380 milhões de anos. Eles lembram as formações da Capadócia que fica na Turquia, embora sem os balões que enfeitam os céus.  

Caatinga

  
Capadócia brasileira

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