Dia 15 - Conhecendo o Parque Nacional da Serra da Capivara - Piauí

O Parque Nacional Serra da Capivara fica a poucos minutos de carro de São Raimundo Nonato onde estamos hospedados. São 29 km de distância no total, sendo 7 km de terra. Nele se concentram os principais sítios pré-históricos da América, além de belíssimas formações rochosas que testemunharam a presença de humanos e animais pré-históricos. As pinturas rupestres são a manifestações mais abundantes.

Logo cedo, às 7:30 da manhã, encontramos com nosso guia Rafael Matos (tel.: 89-8129-0151) e seguimos, nós no “Bandido” e o guia em sua moto, até a entrada do parque.
Iniciando a caminhada percorremos as principais cavernas em busca de pinturas rupestres, datadas de até 12.000. São desenhos do cotidiano: caçadas, festas, eventos religiosos, partos, etc. 
No local também encontramos formações geológicas únicas, maravilhosas!
Entre os meses de novembro a maio, a vegetação é verde. Em junho as folhas caem, voltando a brotar somente com as primeiras chuvas e a sensação térmica nessa época do ano pode chegar a 50 graus.
Percorremos as cavernas e seguimos para a pedra furada. 





Inscrições rupestres





Saindo da Pedra Furada subimos por uma escada recém-construída, inaugurada em 19 de outubro deste ano, com muitos e muitos degraus, chegando a um platô. A escada era bem perigosa, mas a visão era linda! 


Nosso Guia Rafael

Vista do Platô 
 


Depois desta contemplação fomos até a fábrica de cerâmica da Serra de Capivara, que fica a 3 km da entrada sul do parque.
O lugar possui uma estrutura completa para os turistas, com restaurante, banheiros, albergue, fábrica de cerâmica e fábrica de camisetas. 
Lá almoçamos uma comida self service, muito simples e saborosa e em seguida fomos visitar a fábrica de cerâmica. 

O guia explicou que primeiro preparam a argila, passando por peneiras, decantação, até que fique com a consistência adequada para a fabricação das peças.
No local os artesãos utilizam três técnicas diferentes, a moldagem manual, moldagem por formas de gesso e o torno. Eu, particularmente, adoro as peças fabricadas no torno. Acho fantástico a maneira que manejam o barro e o formato que as peças vão tomando a medida que o artesão movimenta as mãos.  Lindo demais!
Após moldadas e secas, as peças vão para uma primeira queima a 800 graus. Em seguida recebem a pintura, os desenhos rupestres a mão, para finalmente passarem para a segunda queima a mais de 1000 graus, de onde saem prontas para a comercialização. 
O produto desse trabalho é vendido na lojinha da fábrica, nas lojas do centro de visitantes do parque e na cidade de Nonato. Também vendem pela internet, despachando para todo o Brasil.
Dois bons clientes, a Le Lis Blanc e a Tok Stock mantém a produção a todo vapor o ano todo. O trabalho é muito bacana!




 

 
 

Continuando o nosso passeio voltamos ao parque para percorrer outras “tocas” com inscrições rupestres. 
Caindo a noite fomos ao centro de visitantes para ver o principal sítio arqueológico: o "Berço da Origem", repleto de inscrições rupestres que iluminadas ficam ainda mais nítidas. Muito bonito mesmo!






Voltamos do passeio acabados. O calor, mesmo sendo a época mais fresca do ano, ficou em torno de 30 graus. 
Jantamos no hotel mesmo. Amanhã tem mais!

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