Dia 15 - Hontanas - Boadilla del Camino - 28,5 km

Adivinha quem surgiu do nada, no comecinho da noite, lá em Hontanas? Nossa ching-ling! Que saudade!! A sorte é que foi dormir em outro albergue!
Isso no caminho é muito legal. As vezes perdemos por uns dias os companheiros de viagem e depois reencontramos (embora desta vez não tenha sido o caso).

Mudando de assunto...

Todas as vilas que passamos tem uma igreja e a missa para peregrinos começa normalmente as 19 h.
Ontem não havia missa mas a igreja estava ornamentada com rostos de figuras que representam de certa forma a paz: Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Mandela entre outros. A música inspirava a reflexão. 
Neste local também havia um convite, escrito em várias línguas, para que aqueles que necessitassem de algum auxílio espiritual continuassem na vila, hospedados gratuitamente numa casa de apoio.

Durante o caminho vemos que os voluntários levam a peregrinação muito a sério. E isso desde sempre. Encontramos diversos hospitais de peregrinos para cuidar daqueles que vinham enfermos ou ficavam doentes durante o percurso até Santiago. Hospitais do século XII.
A pequena casa ao fundo era o hospital de peregrinos:
Ontem em uma parada em uma pequena igreja também fomos presenteados com uma medalhinha de Nossa Senhora. Quem nos deu foi uma irmã de caridade que nos abençoou e desejou bom caminho.
Os poucos moradores das vilas sempre desejam bom caminho. A sensação é muito boa.

Hoje deixamos nosso albergue e percorremos um dos mais bonitos trechos do caminho até agora. E o mais frio também. Fazia 6 graus nesta manhã!
Os campos estão floridos, vermelho, branco, laranja e verde. Muito verde.
Subimos até 917 metros e do alto pudemos avistar as plantações e a pequena Castrojeriz que ficou para trás. Lindo!
Depois descemos tudo...
No alto uma cruz em ferro enfeitada com faixas, dizeres, fotos, bandeiras, etc.
Em muitos monumentos como este são deixadas mensagens e fotos de pessoas que já se foram. Acho isso triste. O Mô também. Não é uma sensação boa. As vezes, vendo as fotos, faço uma oração. 
No percurso de hoje paramos 2 vezes. Uma para um café e outra para o almoço. 
Resolvemos que vamos caminhar lentamente. Ouvindo até os sapos do caminho. Sem pressa de chegar ao destino final.
Assim respeitamos nosso corpo e desfrutamos melhor da paisagem ao nosso redor.
Os nossos amigos espanhóis e brasileiros já preferem acordar bem cedo, 5 da manhã, acelerar o passo e chegar o quanto antes no destino final. 
Chegamos as 17 na companhia da ching-ling, que não é tailandesas, é de Taiwan e o nome dela é Lian. Viemos conversando. Mostramos nosso filme em que ela aparece lá em Saint Jean, no primeiro dia do caminho.
Estamos todos hospedados no albergue En El Camino, 8 euros por pessoa.
Jantamos e eu fui dormir. O Mô continuou a conversa...

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2 Comentários

  1. Essa conversa eu queria ver...

    lulão

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    1. É mais fácil quando a língua da outra pessoa não é o inglês. Mas a mamãe abusa....ela fica puxando assunto.....não sabe falar nada e olha pra mim como quem diz....como fala isso mesmo?? Kkkkk

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