Mais uma vez fomos surpreendidos pela beleza do local.
Vassouras é uma cidade histórica localizada no Vale do Paraíba, no antigo caminho do ouro, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Com o esgotamento das minas de ouro, voltou-se para a produção cafeeira, utilizando a mão-de-obra escrava. Durante a década de 1850, a cidade ostentou o título de "maior produtora de café do mundo", reconhecida como a "Princesinha do café". É nessa época que se inicia a construção de casarios e palacetes para atender os "barões do café". Com a decadência do café, os poucos fazendeiros que não perderam as suas propriedades, abandonam a agricultura e dedicam-se à pecuária leiteira.
Do período próspero restaram as fachadas dos casarios, palacetes e monumentos. Esse conjunto histórico urbanístico e paisagístico está tombado pelo IPHAN desde 1958.
Nosso passeio de hoje foi justamente numa fazenda centenária, a Fazenda Cachoeira Grande, que pertenceu ao Barão de Vassouras. Este lugar teve, em 1884, uma visita ilustre: a Princesa Isabel e o Conde D` Eu, ambos de passagem por Vassouras.
A fazenda, hoje pertencente à família de Francesco Vergara Caffarelli, foi restaurada e transformado em atração turística, com visita à sede.
Iniciamos nosso passeio num dia chuvoso. Passamos pela monumental entrada, percorremos os jardins e chegamos a um galpão onde encontramos nossa guia.
A visita começa do lado de fora, onde a guia... uma professora que, usando de um contexto teatral, nos insere dentro da história, interpretando e nos fazendo de personagens.
Foi uma aula sensacional. Depois seguimos pelo jardim até a sede. Uma casa maravilhosa, decorada e restaurada, com inúmeros cômodos.
Percorremos cada um deles e ficamos maravilhados. Ao final a proprietária se apresentou e nos despedimos com um delicioso café.
Foi muito bacana.
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Entrada |
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Lago |
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Nossa guia |
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Casa da fazenda |
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Casa da fazenda |
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Entrada |
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Corredor central que dá para todas as portas |
Deixamos Anchieta e seguimos para Vassouras, no Rio de Janeiro. Foram quase 500 km de estrada, em 8 horas de viagem.
A parada para almoço foi em Santo Antonio de Pádua, no restaurante Casa do Peixe, junto ao rio Pomba. O lugar é simples, mas a comida estava muito gostosa.
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Rio Pomba - Santo Antonio de Pádua |
Já era fim do dia quando chegamos em Vassouras.
Pra quem nunca ouviu falar, o lugar surpreendeu positivamente. O lugar é muito tranquilo, com praias calmas, casas simples, algum comércio e restaurantes à beira-mar.
Nossa pousada, Pontal de Ubu, fica numa península de mesmo nome no município capixaba de Anchieta. De um lado a praia de Ubu (mais popular) e do outro, a Fafraro. Essa última praticamente exclusiva do hotel.
Ficamos hospedados algumas noites e nesse período aproveitamos bastante o lugar.
Além das caminhadas pelas praias, o Mô praticou Stand-up (eu não acho a menor graça) e curtimos muito o deck da piscina, com o bar molhado e um barman paulista que fazia drinks muito bons. Aliás, era uma delícia ficar por lá curtindo a vista privilegiada do hotel. Tanto da piscina como dos quartos o visual era incrível. Mais de uma vez acordamos antes das 5 da manhã para ver o nascer do sol.
Também aproveitamos para conhecer o mais tradicional restaurante de Anchieta, o Moqueca do Garcia. Com quase 60 anos de existência, o lugar é simples, mas tem um atendimento cordial e uma moqueca deliciosa. Valeu a visita!
Nossos companheiros de viagem rodaram com as motocas até o museu que conta a história do jesuíta José de Anchieta. Gostaram bastante... Mas nós pulamos. Preferimos desfrutar da beleza e sossego e do hotel.
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Nascer do sol |
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Nascer do sol
 | Café da manhã |
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Piscina do Hotel |
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Recepção |
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Nosso quarto |
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Bar molhado |
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Deck da piscina
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Deixamos o lugar e seguimos, já no caminho da volta, para a cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro.
O passeio por Domingos Martins e Parque Estadual Pedra Azul foi melhor que o esperado. A cidade é uma graça, o tempo ajudou, a companhia foi ótima e a pousada tinha uma vista de cair o queixo.
Além disso, o café da manhã era impecável. Tinha de tudo um pouco.
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Nosso quarto na pousada... Com bagunça e tudo! |
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Mesa do café da manhâ |
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Nossa mesa... |
Mas a viagem tinha que seguir. Acordamos cedo e deixamos esse paraíso para traz.
Poucos quilômetros de viagem, aproximadamente 90, e já estávamos em Guarapari.
Foi uma parada estratégica para conhecer a famosa moqueca capixaba. Eu curti, mas o Kiko e a Jô encrencaram com o peixe.
Duvidaram que fosse robalo. Aí... A confusão foi instaurada.
Eu que não gosto de confusão resolvi sair para tomar um ar. Fui passear e ver o mar...
Quando voltei ainda estava rolando o stress...
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Vista do restaurante Moqueca do Pescador |
Seguimos a viagem com o povo de cabeça quente.
A chegada ao hotel foi tranquila. O lugar é maravilhoso...
Termina hoje nossa incursão por Domingos Martins.
A noite foi longa e o dia começou tarde.
Tomamos o café e fomos dar uma volta de moto pela Rota das Flores.
Não tem exatamente flores nesta rota. Acho que o nome se deve aos sítios estabelecidos no seu entorno que tem como principal fonte de renda a venda de plantas ornamentais.
De lá seguimos para o almoço no Alecrim Cozinha Artesanal.
A comida estava deliciosa, embora os preços não sejam muito convidativos. Os pratos individuais saem em média 90 reais, e a caipirinha, 35!
Mas valeu a visita. Não tínhamos reserva, mas chegamos muito cedo e deu tudo certo.
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Restaurante Alecrim |
A tarde nos dedicamos a arrumar as malas para a próxima parada: Anchieta.