Dia 6 - Ouro Preto - Congonhas

Tomamos café com nossos queridos amigos e nos despedimos. Como sempre nossos encontros são muito bons e valem cada minuto!!! Dessa vez o Paulo teve que driblar um problema no trabalho para poder sair de BH e nos encontrar. Obrigado amigos!!!!
A viagem agora entra numa nova fase.
De Diamantina a Ouro Preto estávamos percorrendo a Estrada Real, porém no Caminho dos Diamantes.
Agora nosso destino é Paraty, percorrendo a Estrada Real em seu chamado "Caminho Velho". Serão mais 710 km, sendo que cerca de 570, percorridos em estrada de terra.

Deixamos o hotel e pouco depois estávamos meio perdidos em relação ao mapa e GPS.
O GPS indicava um caminho para pedestre impossível de percorrer de carro por se tratar de uma “picada”. Além disso não mostrava qualquer rota alternativa. 
Embora o nosso destino naquele momento fosse Glaura, um bairro de Ouro Preto, tendo um acesso por uma estrada bem demarcada de terra, queríamos seguir exatamente o mapa da Estrada Real.
Sendo assim, e com a confusão do mapa, optamos por uma rota alternativa, de mata fechada, onde nos deparamos com uma porteira.
Sem saber se podíamos abrir a porteira ou não, decidimos seguir por esse caminho.
Um rio nos acompanhou por boa parte do percurso. Estávamos bem inseguros pois o GPS não nos localizava mais. Estávamos num ponto cego quando avistamos alguns carros.
E que alegria! Tinha gente por ali! Eram famílias que estavam aproveitando as pequenas cachoeiras formadas pelo rio. 
Fizemos uma parada e fomos observar de perto. O churrasquinho rolava solto, já passava da uma da tarde.
Perguntamos se estávamos no caminho certo para Glaura e com a resposta afirmativa seguimos confiantes a nossa viagem.
Chegamos a Glaura e não encontramos restaurantes, bares ou supermercado aberto para o almoço. 
De lá seguimos para Cachoeira do Campo e Santo Antônio do Leite.
Novamente não encontramos restaurantes. Desistimos e seguimos comendo o biscoito e a pera que trazíamos conosco.
Nossa rota alternativa


São Bartolomeu

Rio que nos acompanhou neste caminho
Paradinha para "reflexão"
Igreja em Glaura



Entre Miguel Burnier e Lobo Leite encontramos um casal de caminhantes (ou peregrinos). A estrada estava um caos, empoeirada e lotada de caminhões rodando pra lá e pra cá. Neste local está a Ferrovia do Aço e uma barragem da Gerdau/Aço Minas. Com certeza uma região de mineração.
Passamos pelo casal e seguimos viagem. Em determinado momento o Mo falou: Caracas... e esse casal andando nesse caos! Resolvemos voltar e perguntar se não queriam carona. Pelo menos para sair daquela confusão. Mesmo sabendo da possibilidade de recusa.
Voltamos... indagamos... e claro... recusaram! Como peregrinos sabemos que carona não é algo que normalmente se aceite. A questão é o desafio 100% a pé!!
Retomamos nosso percurso, pelo menos com a consciência tranquila. Desta estrada avistamos a estrada de ferro que impressiona pela altura.
Antiga estação de trem Miguel Burnier
Ferrovia do Aço

Seguimos nosso caminho até Congonhas. Berço do Barroco e da arte de Aleijadinho!!
A cidade é grande para os padrões das que temos passado e tem como atrativo a igreja colonial Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Em frente ao santuário estão os "Passos da Paixão de Cristo", distribuídos em seis capelas, que abrigam as 66 peças esculpidas em cedro por Aleijadinho e sua equipe e pintadas por Manoel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro. Datam entre 1796 a 1799.  O santuário recebe milhares de peregrinos todos os anos. Durante a pandemia tudo fechado.
Depois de uma volta pela área histórica, compreendida pela hospedaria para romeiros,  um museu e outras construções, seguimos para o hotel escolhido ao lado da igreja, a Pousada Circuito dos Inconfidentes. Gostamos. A janta foi por delivery....e foi meia boca!!


Linda praça junto ao conjunto arquitetônico e santuário Senhor Bom Jesus de Matosinhos 
Vista da igreja

Os profetas
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos e as obras de Aleijadinho
Alojamento de romeiros


 Olha a situação do carro. 

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